Freeport-McMoran: o novo alvo da Vale?
Ao contrário de tantos fins de relacionamento, em que cada um vai para um canto ouvir um disco do Roberto Carlos e tomar um porre, a Vale não se permitiu curtir uma fossa, depois de não chegar a um acordo com a Xstrata. Ao contrário: o mercado já começou a especular qual será o próximo alvo da mineradora brasileira. O banco Goldman Sachs divulgou, nesta quinta-feira, um relatório dizendo que, a seu ver, o próximo alvo da Vale será a estadunidense Freeport-McMoran Copper & Gold, segunda maior fabricante de cobre do mundo.
O Goldman Sachs considera que a Vale desistiu da Xstrata, mas não de aumentar sua presença nos mercados de carvão, cobre e níquel; a Freeport tem sede em Phoenix (Arizona), produz cobre, ouro, prata e cobalto, e tem atividades em quatro continentes, destacando-se a presença em EUA, Peru, Chile, Congo e Indonésia. Dois anos atrás, a Freeport-McMoran adquiriu a conterrânea Phelps Dodge, uma das principais produtoras de cobre do mundo, por US$ 26 bilhões.
Se é só um palpite aleatório ou é mais do que isso, só o tempo dirá; as ações da Freeport, contudo, fecharam em alta de 5,44% na Bolsa de Nova Iorque na quarta-feira, o que mostra que a Goldman Sachs não é o único a acreditar em uma oferta da Vale – o Deutsche Bank, de forma mais discreta, também parece acreditar: o banco acha que a brasileira deve procurar um ativo avaliado em até US$ 50 bilhões, com menos risco do que a aquisição da Xstrata, e sem perder o grau de investimento conferido pelas agências de classificação de risco. E se o próprio presidente da Vale, Roger Agnelli, disse na terça-feira que a Xstrata não era a única oportunidade de compra no mercado – ou seja, que a fila anda – pode até ser que o boato tenha algum desdobramento.
Todavia, no caso específico da Freeport-McMoran, o seu Portal do Geólogo não crê em uma negociação frutífera, pelo perfil da companhia, sua posição diferenciada e outros fatores da cultura empresarial de ambas as partes.
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