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Portobello reverte prejuízo e investe

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Depois de um intenso programa de redução de custos e do redirecionamento da produção para o mercado interno, o grupo Portobello, de Tijucas (SC), um dos principais fabricantes de cerâmica no Brasil, saiu do prejuízo. Nos últimos três anos, a empresa teve prejuízo de R$ 19,18 milhões em 2005, R$ 29,29 milhões em 2006 e R$ 39,04 milhões em 2007. No primeiro trimestre deste ano, fechou o balanço com lucro líquido de R$ 3,3 milhões e anunciou investimentos de R$ 30 milhões no aumento da capacidade produtiva, que vai elevar de 1,54 milhão de metros quadrados por mês para 2,01 milhões de /mês. Este ano marca também o ingresso da Portobello no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Mário Augusto de Freitas Baptista, espera que o crescimento das vendas domésticas mais do que compense a redução das exportações. Segundo ele, começa agora o aquecimento maior do setor cerâmico, reflexo dos lançamentos e da capitalização da construção civil iniciada em 2006. "O aumento de vendas será intensificado no final deste ano e início de 2009", disse.

Para atender a demanda, a Portobello investe em duas linhas novas de produção. Uma, que já está produzindo desde maio, é a de revestimento de parede (azulejos), cujo aumento da capacidade instalada foi de 60%, de 300 mil m2/mês para 550 mil m2/mês. A outra é a linha de pisos cerâmicos esmaltados convencionais que será montada em agosto, com início de produção previsto para setembro. Os equipamentos importados da Itália estão a caminho", disse Baptista. O aumento da capacidade será de 100 mil mês para 240 mil /mês.

O segmento de porcelanato, produto top de linha, que representa 32% da produção da companhia, recebeu uma nova prensa (agora são cinco). Com a nova máquina, a produção aumentou de 320 mil /mês para 400 mil /mês. As compras dos equipamentos, que são de última geração, têm financiamento dos fornecedores italianos e prazo de pagamento de três anos. Em virtude da automatização e alta tecnologia dos equipamentos, somente 20 novas vagas de empregos serão geradas e acrescidas ao quadro atual de 1.650 funcionários.

Mário Baptista avalia que o desempenho no primeiro trimestre não foi melhor em função da queda das exportações e, principalmente, da crise imobiliária dos Estados Unidos. A empresa, que exportava 55% da produção há três anos, principalmente para os EUA, reduziu-as para 46% nos primeiros três meses de 2007 e para 29% no mesmo período deste ano.

A Portobello América Inc., subsidiária do grupo nos EUA, fechou três depósitos e pretende fechar mais dois este ano. A empresa manterá apenas um, na Flórida. O mercado americano representa ainda 37% das exportações. Mas é a América do Sul, que participa com 26% a que mais cresce.

Com a desvalorização do dólar frente ao real, as exportações foram reduzidas em 41%, de R$ 46 milhões no primeiro trimestre de 2007, para R$ 27 milhões em igual período de 2008. Com isso, a receita líquida trimestral, de R$ 92,21 milhões, foi 8% menor do que a dos três primeiros meses de 2008, de R$ 100,34 milhões. Até agora, a Portobello conseguiu um aumento médio de preços, em dólar, de 6%. Em junho promoverá outro aumento, de mais 6%. "A tendência é de os importadores comprarem menos."

No mercado interno, a receita líquida de R$ 65 milhões foi 20% superior à do primeiro trimestre de 2007. "Crescemos acima da média nacional, apontada pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção (Abramat), de 14%", disse Baptista. A geração de caixa (Ebitda) no trimestre, de R$ 14 milhões aumentou 77% em relação ao ano anterior, e chegou a 17% da receita líquida. A despesa financeira líquida de R$ 5 milhões teve uma redução de 32% comparando com o mesmo trimestre do ano anterior, conseqüência da redução de 37% na despesa financeira, que caiu R$ 8 milhões para R$ 5 milhões.

A Portobello refinou sua estratégia de varejo multicanal brasileiro com a expansão da rede Portobello Shop e Empório Portobello, nas quais pretende aumentar significativamente os volumes de vendas, inclusive em mercados menos sofisticados. A rede foi ampliada de 92 lojas, em março de 2007, para 100 em março deste ano. Este canal de distribuição consolida como a maior rede do Brasil especializada no ramo. No primeiro trimestre de 2008 apresentou crescimento de 19% no volume de vendas e 35% na receita líquida em comparação com o período de 2007. A empresa espera fechar 2008 com 120 lojas. Em 2007, com faturamento de R$ 171 milhões, a rede de lojas franqueadas Empório Portobello e Portobello Shop cresceu 24%.

Gazeta Mercantil

Link: Portobello reverte prejuízo e investe

Written by gandalfwizard

16 de junho de 2008 às 17:33

Uma resposta

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  1. Podemos ver que a governancia da Portobello se mostra muito competente nas suas tomadas de decisões implantando,grande redução de custos,redirecionando a sua produção para o mercado interno,diminuindo as exportações para os EUA devido a crise,a CIA vem adequando os preços de seus produtos para outros mercados internacionas,a empresa aproveitou o bom aquecimento do mercado interno na construção civíl para compensar a queda das exportações, fazendo com que a empresa aumente a sua produção para atender o mercado doméstico com investimento de 30 milhões de reais para aumentar a sua linha de produção, outra estratégia da organização foi o aumento no varejo multicanal brasileiro com o aumento da portobello shop e o empório portobello que atende a mercados menos sofisticados esses dois canais de vendas teve um crecismento de 24% consolidando-a como amaior rede do Brasil nesse ramo.Podemos constatar que o seu plano de reestruturação e liderança fez com que a organização volta-se a seus dias de glória já que é a terceira maior industria do Brasil em cerâmica e de renome internacional no ramo. Ex funcionario da Portobello s/a.

    Maurício Grijo de Olivaira

    3 de janeiro de 2009 at 12:31


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