InBev confirma oferta por concorrente americana
A cervejaria belga-brasileira InBev confirmou nesta terça-feira sua oferta de compra de sua concorrente americana Anheuser-Busch, dona da marca Budweiser, e ressaltou que o objetivo é uma fusão "amistosa" que satisfaça os interesses das duas partes.
A direção da InBev – nascida da fusão da belga Interbrew e a brasileira AmBev – enviou um comunicado para responder à rejeição do conselho de administração da concorrente americana. A proposta de compra é avaliada em cerca de US$ 46 bilhões (US$ 65 por ação).
A fabricante da Budweiser rejeitou na semana passada a oferta por considerá-la "inadequada e em desacordo com os interesses dos acionistas". "A proposta da InBev subestima significativamente os ativos excepcionais e as perspectivas de nosso grupo", disse Patrick Stokes, presidente do conselho administrativo da Anheuser-Busch.
O executivo-chefe da InBev, Carlos Brito, disse que considera o valor oferecido por ação à AB o preço justo e afirmou que o financiamento da oferta está assegurado. "Nossa oferta apresenta certeza em um contexto de enfraquecimento da bolsa", afirmou.
A Inbev fez a oferta à direção de Anheuser-Busch em 11 de junho passado, para formar a maior cervejaria do planeta, reiterando-a em 16 de junho, advertindo posteriormente a Anheuser-Busch contra uma aliança defensiva da cervejaria americana com o mexicano Grupo Modelo.
Segundo analistas, a InBev ainda pode ter chance de adquirir a AB se elevar a oferta. A empresa, no entanto, planeja levar a oferta diretamente aos acionistas e ontem recorreu a uma corte no Estado de Delaware (nordeste dos EUA) para confirmar se os acionistas podem retirar 13 diretores da empresa norte-americana sem justificativa.
A proposta da InBev se apóia em uma firme trajetória de expansão internacional, assim como em um crescimento e rentabilidade consistente, acrescentou o principal responsável da cervejaria. A fusão criará uma companhia "mais forte, mais competitiva no mercado mundial, com uma pasta de marcas imbatível e uma boa rede de distribuição", ressaltou Brito.
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