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Fusão com Company deve elevar ação da Brascan

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A Brascan Residential Properties pode registrar uma maior valorização de seus papéis (BISA3) negociado na BM&FBovespa depois da aprovação da fusão com a paulista Company (CPNY3). A expectativa é do diretor-presidente da Brascan, Nicholas Reade. "O investidor vai perceber que vale a pena comprar a ação, levando em consideração o valor das empresas casadas", aposta.

Com base no balanço das duas companhias, até 30 de junho deste ano, a nova empresa ocuparia a terceira posição em termos de land bank (R$ 17 bilhões) e patrimônio líquido (R$ 1,6 bilhão). Sendo que o lucro líquido teria atingido R$ 210 milhões em 2007, o que a colocaria em segundo lugar no raking das maiores empresa do setor – se já tivesse sido aprovada a fusão.

Além de se tornar uma das maiores, os papéis da Brascan devem ganhar um reforço por conta do fim das operações da Company em bolsa. "A empresa deixa de ser lista a partir da segunda quinzena de outubro, quando provavelmente a operação já deve ter sido aprovada", revela o diretor.

No entanto, Reade conta que as marcas serão mantidas num primeiro momento em São Paulo (Company), Rio de Janeiro (Brascan) e Goiás (MB Engenharia, controlada pela Brascan). "No futuro a tendência é que MB fique totalmente focada na baixa renda em todos os locais de atuação da Brascan", destaca.

Segundo o diretor da Brascan, a iniciativa visa manter também o quadro de funcionários das empresas envolvidas no negócio, principalmente os cinco sócios da Company que devem continuar na sociedade ganhando cargo na diretoria da nova empresa. "No passado já existia parceria em alguns projetos, o que facilitou a negociação. Mas fazer negócio entre empresas totalmente profissionalizadas é muito mais fácil", avalia Reade.

Já o diretor financeiro e de Relações com Investidores da Company, Luiz Rogelio Tolosa, conta que a capacidade de capitalização foi potencializada com a operação. "Temos linhas de financiamento nos principais bancos para fazer frente a todos os projetos a serem lançados neste e no próximo ano. Além de contarmos com cerca de R$ 500 milhões em recebíveis que podem ser transformados em caixa", disse Tolosa, relevando que esse potencial pode alcançar R$ 600 milhões em 15 meses.

Tolosa destaca que o endividamento da nova empresa é menor que 30%, o que é considerado bom. "Mesmo pagando R$ 200 milhões ao acionistas ainda temos um nível de endividamento razoável. E ainda contamos com um índice de alavancagem de 29%".

Diante desse cenário, Nicholas Reade aposta na perspectiva de crescimento do setor. "O PIB da construção deve crescer pelo menos duas vezes e nós temos que estar preparados para atender o mercado", afirma. O Produto Interno Bruto (PIB) da construção cresceu 7,9% em 2007 e a previsão é de crescimento de 10,2% neste ano, conforme dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP).

A operação prevê que os acionistas da Company receberão 1,0690 ação da Brascan para cada uma ação da Company – cotação vigente no momento da troca -, além de um pagamento de R$ 200 milhões à vista, o equivalentes a R$ 2,7775 por ação.

Perto do fechamento do pregão, os papéis da Brascan (BISA3) resgistravam queda de 1,66%, a R$ 5,90, enquanto as ações da Company (CPNY3) caíam 11,71%, a R$ 8,89.

InvestNews

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Written by gandalfwizard

11 de setembro de 2008 às 07:30

Publicado em Brascan, Company, Incorporação

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