Em nova tacada, BC tira remuneração de compulsório
O Banco Central retirou nesta quinta-feira a remuneração de boa parte dos depósitos a prazo que os bancos são obrigados a recolher à autoridade monetária, em um esforço para pressionar as instituições a repassarem recursos ao mercado em meio à retração da liquidez.
Segundo circular do BC, a partir do dia 14 de novembro, 70 por cento dos depósitos a prazo que os bancos são obrigados a recolher ao banco passarão a ser feitos em espécie e não serão remunerados. Este volume corresponde a 28 bilhões de reais, segundo o BC.
Os 30 por cento restantes dos depósitos continuarão a ser recolhidos junto ao BC em títulos –como acontecia com a totalidade desse compulsório até então.
A medida visa estimular as instituições a usar a prerrogativa, instituída este mês pelo BC, de abater até 70 por cento deste compulsório desde que redirecionem os recursos para a compra de carteiras de créditos e outros ativos de bancos de pequeno e médio portes.
Diante do aumento da aversão a risco desencadeado pela crise financeira mundial, os bancos vinham optando por deixar os recursos no BC. Com o fim da remuneração, há o incentivo para que as instituições apliquem os recursos.
A circular do BC incluiu, ainda, os depósitos interfinanceiros de instituições não-ligadas entre os ativos que podem ser comprados pelos bancos grandes para fim de abatimento do compulsório.
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