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Petrobras precisará mais sondas para cumprir prazos no pré-sal

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A Petrobras terá de contratar novas sondas de perfuração no mercado internacional caso a Agência Nacional do Petróleo (ANP) mantenha a decisão de negar adiamento de prazos para as áreas do pré-sal. A decisão foi tomada pela diretoria da agência na semana passada, mas ainda não comunicada oficialmente à estatal, segundo o gerente executivo do pré-sal da Petrobras, José Formigli. Ele disse que a companhia pediu mais quatro anos para avaliar as áreas em virtude da dificuldade na encomenda de sondas de perfuração para as altas profundidades do pré-sal. "Se a ANP negar mesmo nosso pedido, vamos ter de buscar nova forma de gestão do portfólio para garantir a preservação dos interesses da companhia", afirmou Formigli, em entrevista após participar do XXI Fórum Nacional, na sede de Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio. Segundo ele, isso significa que a empresa terá de realocar algumas das sondas que já estão contratadas e buscar novos equipamentos no mercado, trabalho que inclui a mobilização dos parceiros nas concessões de pré-sal.

Uma das estratégias, diz, é procurar equipamentos com contratos dedicados para cada concessão, ao contrário da licitação de 12 sondas feita no ano passado, que não especifica para quais áreas serão destinados os equipamentos. Os prazos da área do pré-sal da Bacia de Santos vencem entre 2010, caso de Tupi, e 2012. Caso não consiga comprovar a existência em toda a extensão das concessões, a estatal e seus parceiros terão de devolver parte das áreas à União. Embora admita que ainda há escassez de sondas no mercado, Formigli disse que está confiante de que o trabalho conseguirá ser feito nos prazos previstos. "Nós vamos cumprir o cronograma previsto", declarou. No momento, a Petrobras tem quatro sondas compatíveis com as profundidades do pré-sal, superiores a 2 mil metros de lâmina d’água (distância entre a superfície e o fundo do mar).

A ExxonMobil, parceira e operadora de um dos blocos da região, está com outra. O executivo comentou que a dificuldade surgiu após a confirmação do grande potencial do pré-sal na Bacia de Santos. Quando os blocos foram licitados, disse, não havia perspectivas de que o trabalho na região seria tão intenso. Os blocos em questão são o BM-S-8, BM-S-9, BM-S-10, BM-S-11 e BM-S-21, onde estão quase todas as descobertas da estatal no pré-sal de Santos, como Tupi, Iara, Bem-Te-Vi, Carioca e outras. O gerente executivo do pré-sal da Petrobrás disse que o teste de longa duração (TLD) no campo de Tupi está ocorrendo sem maiores imprevistos, com a produção diária de 14 a 15 mil barris. Segundo Formigli, a Petrobras está aproveitando o teste para avaliar também um tipo de reservatório mais profundo do que o previsto inicialmente.

Ele explicou que, em Tupi, o óleo é encontrado em três tipos de reservatórios e a previsão inicial era testar apenas o mais raso. "Mas aproveitamos o início do teste e a disponibilidade da sonda para testar também o reservatório seguinte (que é chamado de rift)", informou. Formigli disse não acreditar que a demora na elaboração do novo modelo do setor de petróleo possa atrasar o desenvolvimento do pré-sal. Segundo ele, a primeira produção no campo de Iara – que vai precisar de negociações com a União, já que o reservatório é maior do que a área concedida para a Petrobras – só está prevista para 2013. "Esperamos que o novo modelo esteja definido até lá", disse.

Estado

Link: Petrobras terá de buscar novas sondas para o pré-sal

Written by gandalfwizard

20 de maio de 2009 às 17:39

Publicado em Petróleo, Petrobras, Pré-sal

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