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Indústria retrata efeitos da crise, apesar de apontar melhora

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A pesquisa mensal sobre a produção industrial, divulgada hoje pelo IBGE, mostra que os efeitos causados pela crise econômica internacional na indústria brasileira ainda são visíveis nas comparações mais longas, apesar de uma clara recuperação gradual na margem. No acumulado nos 12 meses encerrados em maio, a produção industrial registrou queda de 5,1% frente aos 12 meses imediatamente anteriores, o maior recuo para este tipo de comparação desde o início da série histórica, em 1991.

A queda nessa comparação foi puxada pelos Bens de Consumo Duráveis, que recuaram 10,1%, seguidos pelos Bens Intermediários, com baixa de 7,4%, e pelos Bens de Capital, que caíram 2,4% – no primeiro resultado negativo para esta categoria em 12 meses desde o recuo de 0,3% de outubro de 2003. Já os Bens de Consumo Semi e Não Duráveis tiveram retração de 0,5%.

O resultado de maio, levou a produção industrial a patamares similares aos apresentados em junho de 2006, enquanto em abril o nível era semelhante ao de abril de 2005. Apesar dessa recuperação na margem, a produção industrial acumula queda de 13,8% na comparação com setembro, mês em que atingiu o pico desde o início da série histórica. Em relação àquele mês, todas as categorias de uso acumulam baixa. Os Bens de Capital puxam a fila, com uma queda de 29,3% desde setembro, seguidos por Bens de Consumo Duráveis, com baixa de 16%; Bens Intermediários, com recuo de 13%; e Bens de Consumo Semi e Não Duráveis, com queda de 2,7%.

Entre os 27 setores pesquisados pelo IBGE, apenas cinco mantêm taxas positivas no acumulado desde setembro. O grupo perfumaria, sabões e produtos de limpeza registra alta de 6,3% no período, enquanto bebidas subiram 5,8%; farmacêutica cresceu 5%; alimentos avançaram 2,9; e outros equipamentos de transporte cresceram 1,8%, este último puxado pelo bom desempenho da produção de aviões nos primeiros meses da crise.

As maiores quedas desde setembro foram de máquinas e equipamentos, com baixa de 37%; material eletrônico e equipamentos de comunicações, com recuo de 36,1%; veículos automotores, com queda de 24,9%; e metalurgia básica, que caiu 24,1% desde setembro.

"Os setores que apresentam alta no acumulado desde setembro são aqueles menos dependentes da renda e do crédito, enquanto os setores que fizeram os ajustes mais fortes mantêm taxas acumuladas negativas" , ressaltou Isabella Nunes, gerente de análise e estatísticas derivadas do IBGE.

Valor

Link: Produção industrial mostra efeitos da crise em séries mais longas

Written by gandalfwizard

2 de julho de 2009 às 19:52

Publicado em Crise, IBGE, Indústria

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