Sadia e Perdigão fazem acordo com Cade sobre Brasil Foods até decisão final
Na última terça-feira (7) a Sadia (SDIA4) e a Perdigão (PRGA3) assinaram com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) um acordo provisório que manterá suas estruturas independentes, mas com permissão para a reestruturação financeira da Sadia, até a decisão final sobre a fusão.
Em nota, o conselho explicou que "o acordo atende às preocupações de ordem concorrencial sem implicar ônus desnecessários aos negócios das empresas", ou seja, a criação da Brasil Foods está embargada até que todas as questões que envolvem a concorrência no país sejam julgadas.
No entanto, foi aceito o ponto de maior preocupação das empresas, que envolve a estrutura financeira da Sadia, gravemente abalada pelas perdas com derivativos financeiros. Sua dívida líquida se aproxima de R$ 7 bilhões, sendo boa parte dessa com vencimento no curto prazo.
O Cade autorizou a Perdigão a negociar com os credores da Sadia, podendo também dar garantias e capitalizá-la para assim estender a sua dívida, ampliar o capital de giro ou retomar a capacidade de investimentos. Contudo, ela está impedida de exercer seu controle sobre a empresa.
O acordo, que é tecnicamente denominado Apro (Acordo de Preservação de Reversibilidade da Operação) é um instrumento normalmente assinado em situações de fusões ou aquisições complexas, que demandam muito tempo para serem julgadas e por isso podem prejudicar consumidores e a concorrência.
Em AGE (Assembleia Geral Extraordinária) realizada nesta quarta-feira (8), a Sadia aprovou a venda de sua participação na Concórdia Holding Financeira, que é a controladora da Concórdia Banco e da Concórdia Corretora de Valores Mobiliários, que deverá ser paga por meio da permuta de ações da Brasil Foods.
Além disso, foi aprovada também, por unanimidade de votos dos presentes, a alteração da estrutura do Conselho de Administração da companhia, quanto ao número mínimo de membros do conselho e quanto à eleição de seu presidente.
Infomoney
Link: Sadia e Perdigão assinam acordo provisório com Cade até decisão final sobre fusão
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