Vale fará esforço para CSA produzir neste ano
O presidente da Vale, Roger Agnelli, afirmou que a mineradora fará "o que for necessário" para que o projeto de construção da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), complexo que vem sendo construído no Estado do Rio de Janeiro, ande e que a siderúrgica comece a produzir a partir de janeiro do ano que vem.
Na última sexta-feira (2), a Vale informou ao mercado que estuda a possibilidade de elevar sua participação acionária no projeto, atualmente em 10%, que vem sendo implementado em parceria com o conglomerado industrial alemão ThyssenKrupp, detentor dos outros 90%.
"Se a ThyssenKrupp assim desejar, reforçaremos a posição para acelerar o projeto. Se tivermos que aumentar nossa participação, aumentamos. Queremos ver essa planta produzindo em janeiro", disse. No fim de maio, a ThyssenKrupp afirmou que estuda oferecer à Vale uma fatia maior no complexo siderúrgico CSA.
Agnelli lembrou que a CSA, orçada em 4,5 bilhões de euros (o equivalente a US$ 6,2 bilhões), é atualmente o maior investimento privado do Ocidente. Segundo ele, a ThyssenKrupp vem sofrendo mais os impactos da crise do que a Vale e por isso, a mineradora brasileira estaria disposta a ampliar sua fatia no projeto.
O executivo negou que a captação das duas séries de notas anunciadas na última segunda-feira (6) que serão emitidas pela companhia, com vencimento em 2012, tenha como pano de fundo a possibilidade da Vale elevar sua participação acionária na CSA – os recursos captados na operação têm como objetivo reforçar o caixa da companhia, que tem investimentos pesados para os próximos anos.
O presidente da Vale previu que até o fim desta semana deve sair a precificação das duas séries de notas. Agnelli acredita que a demanda pelos papéis será positiva, isso porque o volume emitido gira em torno de US$ 1 bilhão, o que é menos do que o volume diário negociado com as ações da companhia. Para 2009, o orçamento da mineradora é de aproximadamente US$ 9 bilhões.
Investidor Informado 
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