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Vale prevê ‘preço híbrido’ até concluir acordo com China

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Até que as negociações com a China sejam concluídas, o mercado terá de se acostumar com uma forma híbrida de precificação do minério de ferro, afirmou hoje o diretor executivo de Finanças da Vale, Fábio Barbosa. Em apresentação para investidores e analistas financeiros na Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Rio de Janeiro (Apimec-Rio), Barbosa reiterou que a companhia está preparada para lidar a mudança do mercado.

"Nós estamos preparados para ir em qualquer direção que o cliente desejar".

O executivo destacou que a Vale já está adotando uma postura mais flexível em sua política comercial. Apesar de se mostrar aberto a inovações, como a utilização de um índice de preço, renegociações trimestrais e maior uso do mercado spot (à vista), Barbosa reafirmou que a Vale enxerga no sistema tradicional de preço de referência (benchmark) o melhor modelo, porque permite uma maior previsibilidade para o fluxo de caixa da companhia.
No mês passado, a concorrente BHP Billiton informou que 30% de seu volume de vendas está sendo feito com base em um mix entre o preço à vista e de contrato de longo prazo. "A BHP tem uma visão própria, distinta da nossa. Mas isso é do jogo", disse Barbosa.

Segundo ele, há sinais que permitem verificar uma demanda mais forte por minério de ferro no mundo. Para o diretor, se forem confirmadas as estimativas para a economia chinesa, o país irá produzir 600 milhões de toneladas de aço em 2009, um volume acima dos 500 milhões de toneladas apurados no ano passado.

Barbosa acredita ainda que a Vale é a empresa com maior capacidade para atender a esse incremento de demanda por minério na região. Isso porque a empresa vem operando no primeiro semestre abaixo de sua capacidade produtiva. A produção anualizada da Vale, até agora, aponta para 212 milhões de toneladas, contra as 298 milhões registradas em 2008.

O diretor executivo de Finanças também afirmou que o interesse da companhia é chegar a um entendimento com os trabalhadores sindicalizados no Canadá, que estão em greve. "Há uma diferença de pontos de vista que teremos que equacionar", explicou.

O principal ponto de discordância entre a Vale Inco e seus trabalhadores diz respeito ao plano de aposentadoria. A mineradora quer mudar o formato atual do plano, que é de benefício definido, para o sistema de contribuição definida. No primeiro mecanismo, o trabalhador sabe quanto vai receber no final do processo. No segundo modelo, apenas o valor da contribuição é estipulado.
Barbosa lembra que o investimento em níquel na Vale Inco tem como foco o longo prazo. No segundo trimestre, o grupo brasileiro foi beneficiado pela recuperação do preço do níquel, que sofreu com os reflexos negativos da crise mundial a partir de setembro.

Estado

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Written by gandalfwizard

5 de agosto de 2009 às 11:24

Publicado em China, Ferro, Vale

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