Agência que garante depósitos dos bancos nos EUA está quase sem dinheiro

Os cofres da agência que garante os depósitos dos correntistas dos bancos norte-americanos está quase vazio. A FDIC (Federal Deposit Insurance Corp.) poderá ser forçado a pedir uma linha de crédito com o Tesouro, fato só visto antes durante a crise da poupança e empréstimos (S&L) no início dos anos 1990.

A agência deve publicar nesta quinta-feira (27) o quanto ainda possui de fundos, e também atualizar o número de instituições financeiras que passam por dificuldades. Durante o primeiro trimestre do ano, 305 bancos enfrentavam problemas, o número mais elevado desde 1994.

A chairman da FDIC, Sheila Bair, deverá também utilizar o momento da divulgação dos dados para discutir os planos da agência para arrecadar mais recursos. As contas dos correntistas nos EUA são garantidas até US$ 250 mil. Devido ao crescimento das falências, foi aprovada na quarta-feira uma regra que facilita a compra de bancos por investidores privados.

A FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation) aprovou um ajuste regulatório para estimular a aquisição de bancos falidos através de fundos de private equity. Após reunião em Washington, a instituição concordou em reduzir para 10% a "Tier 1" – relação utilizada por agências regulatórias para medir a força de capital dos bancos -, a qual os investidores devem manter após a compra de instituições financeiras.

Anteriormente, o nível da taxa estava em 15%. "A FDIC reconhece a necessidade de capital adicional no sistema bancário. (…) Queremos maximizar o interesse dos investidores nas instituições falidas", declarou a presidente da FDIC, Sheila Bair.

O intuito da agência com o incentivo aos investidores é amenizar os prejuízos gerados pelo elevado número de falências de instituições financeiras nos Estados Unidos que, de acordo com a FDIC, já está no maior patamar dos últimos 17 anos.

As falências dos bancos já consumiram mais de US$ 21 bilhões do fundo de seguros da FDIC. Este fator tem levado a agência regulatória norte-americana a aprovar arranjos fiscais para compensar as perdas com ativos de credores falidos.

Infomoney

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