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Bancos médios têm classificação elevada

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O primeiro reflexo depois de a terceira grande agência mundial de classificação de risco, a Moody’s Investors Service, elevar o País a grau de investimento no início da semana, foi a melhora dos índices dos bancos nacionais. A agência elevou ontem ratings de depósito em moeda estrangeira e os de dívidas em moeda estrangeira de 18 instituições financeiras do País.

Além disso, os índices de risco de depósito em moeda estrangeira dos bancos BBM, BGN, Banco Industrial e Comercial (BicBanco), Sofisa e ABC Brasil não estão mais limitados pelo teto soberano para depósitos em moeda estrangeira, "dado que estão no mesmo nível que seus respectivos ratings de depósito em moeda local. A perspectiva para esses ratings é estável", disse a Moody’s.

Para o vice-presidente do Sofisa, Gilberto Meiches, a revisão positiva do rating terá algumas influências em prazos mais curtos e outras no longo prazo. "Irá tornar a captação externa mais fácil, pois torna a instituição aberta à aplicação de outra grande faixa de investidores que teriam restrição em relação ao rating", afirma Meiches.

Além disso, o executivo prevê uma melhora nos preços de fundings. "Isso, porém, irá ocorrer em um prazo maior. O mercado ainda está se abrindo e o custo ainda é elevado; no entanto, irá melhorar com o tempo", projeta.
O rating de depósito de longo prazo em moeda estrangeira da instituição foi elevado para de Ba2 para Ba1, com perspectiva estável. Já o de depósito de curto prazo em moeda estrangeira, permanece inalterado em Not Prime, afirma a agência.

Para o vice-presidente do BicBanco, Milto Bardini, os benefícios não são tão tangíveis. "É uma facilidade genérica, ela não é positiva a ponto de modificar as condições de mercado", avalia.

Isso porque, segundo ele, "de certa maneira, a Moody’s recuperou o descompasso que havia em relação às outras duas avaliadoras – Fitch Ratings e Standard & Poor’s". "No entanto, quando o investidor olhar para a instituição, e houver um nota de classificação maior, ajuda", pondera. "Quando eventualmente sairmos a mercado, uma avaliação melhor trará uma propensão mais positiva na hora de olhar o risco."

Para ele, no entanto, o benefício em termos de preço não é mensurável. "Essa é uma questão mais circunstancial de mercado e de ocasião. Não dá para quantificar, em termos de pontos percentuais, se haverá uma queda", afirma Bardini. O Bic, assim como o BBM e o BGN, também tiveram o rating de depósito de longo prazo em moeda estrangeira elevado para de Ba2 para Ba1, com perspectiva estável, e o de depósito de curto prazo em moeda estrangeira inalterados em Not Prime.Prime.

Já no ABC Brasil, o rating de depósito de longo prazo em moeda estrangeira foi elevado de Ba2 para Baa3, com perspectiva estável, enquanto o de depósito de curto prazo em moeda estrangeira subiu de Not Prime para Prime-3, informou a Moody’s.

A agência elevou os tetos soberanos do Brasil para dívidas em moeda estrangeira de Baa3 para Baa2 e para depósitos em moeda estrangeira de Ba2 para Baa3, ambos com perspectiva positiva, nesta terça-feira.

Para a agência, a rápida contração do Produto Interno Bruto, o enfraquecimento mínimo das posições de reservas internacionais do País, a moderada deterioração dos indicadores de dívida do governo e a ausência de estresse financeiro no sistema bancário, são evidências de flexibilidade econômica e financeira tipicamente associada a créditos com grau de investimento.

"As ações sobre os ratings de dívidas e de depósitos dos bancos não tiveram nenhum efeito sobre os ratings de força financeira (BFSR) ou ratings de depósitos em moeda local, e respectivas perspectivas", afirmou ainda a agência, em comunicado.

A agência também revisou os índices dos grandes bancos nacionais.

Entre as instituições do governo federal, o Banco do Brasil teve seu rating de depósito de longo prazo em moeda estrangeira elevado de Ba2 para Baa3, com perspectiva positiva.

O rating de depósito de curto prazo em moeda estrangeira foi elevado de Not Prime para Prime-3. Já a classificação de dívida de longo prazo em moeda estrangeira, elevado para Baa2 de Baa3, com perspectiva positiva.

A Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tiveram o rating de depósito de longo prazo em moeda estrangeira elevado de Ba2 para Baa3, com perspectiva positiva, e o rating de depósito de curto prazo em moeda estrangeira elevado para Prime-3 de Not Prime. O BNDES teve ainda o rating de dívida de longo prazo em moeda estrangeira elevado de Baa3 para Baa2 , com perspectiva positiva.

Entre os privados, os maiores por ativos também tiveram melhora em sua classificação de risco. O Itaú Unibanco e o Bradesco também tiveram o rating de depósito de longo prazo em moeda estrangeira elevado de Ba2 para Baa3 , com perspectiva positiva e o rating de depósito de curto prazo em moeda estrangeira elevado de Not Prime para Prime-3.

Já o rating de dívida de longo prazo em moeda estrangeira, de ambos, teve melhora de Baa3 para Baa2, também com perspectiva positiva.

DCI

Link: Bancos médios têm classificação elevada

Written by gandalfwizard

24 de setembro de 2009 às 09:54

Publicado em Bancos, Rating, Sofisa

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