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Archive for the ‘boato’ Category

Laep planeja venda de marcas, até mesmo a Parmalat

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A Laep Investiments, Holding conhecida principalmente pelos laticínios Parmalat, iniciou um processo de desinvestimento, que pode envolver até mesmo sua identidade.

O primeiro passo foi a venda efetuada no dia 29 de agosto, da Poços de Caldas e Paulínia, duas marcas adquiridas da Danone em abril deste ano de 2008. O negócio que foi avaliado em certa de R$ 50 milhões pela própria LAEP, parece objetivar caixa imediato, visto que a empresa comentou estar fazendo vendas de leite a preços baixos para fazer caixa.

A venda das marcas ao Laticínio Morrinhos, deverá dar algum fôlego a empresa, porém não parece ser o suficiente para mudar o cenário de crédito da empresa. A partir disso surgem os boatos que a empresa considera a venda da Parmalat para a saída da crise.

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Laep Investmentes LTD.

 

A Laep adquiriu a Parmalat em maio de 2006, após a empresa sair do processo de recuperação judicial. Os planos para a Parmalat que possuia 13% do mercado de leite no final do ano passado eram ambiciosos, e visavam superar os patamares históricos de mais de 18% de participação no mercado brasileiro.

A situação começou a ficar delicada desde o IPO da Laep, que aconteceu em outubro de 2007, em meio ao início das denúncias de fraude com leite no Brasil, ainda assim a colocação foi mantida e o preço inicial estabelecido em R$ 7,50 por BDR, nas últimas negociações de agosto de 2008 o valor estava próximo de R$ 1,00, desvalorização de cerca de 90%, em menos de 10 meses.

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IPO da Laep complicado por denúncias de fraude com leite

 

As recentes saídas de acionistas da Laep também ilustram a atual situação da empresa. O fundo Gavião Investment proprietário até a semana passada de 24% do capital da Laep realizou um leilão na Bovespa para a venda da totalidade de seus BDRs da empresa. Outros fundos como o North Sea e UBS, com 10,6%, também procuram compradores.

O Presidente da Holding, Marco Elias, sugeriu que uma possível reestruturação poderia estar a caminho. Com isso o mercado busca possíveis compradores. Perdigão, GP Investimentos e Sadia são apontados como os mais próximos ao negócio.

Porém é improvável que a venda da Parmalat se dê sem antes uma reestruturação da Laep, permitindo-lhe não sofrer um completo esvaziamento com a venda de sua principal propriedade, e a um preço extremamente mais baixo que o pago recentemente pelos minoritários no IPO.

Written by gandalfwizard

31 de agosto de 2008 at 18:01

Brasil Ecodiesel possíveis problemas financeiros

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O mercado têm sido uma fábrica de boatos sobre a Brasil Ecodiesel (ECOD3), somente nas últimas semanas as especulações variaram de modificações no controle, que foram confirmadas, venda para uma grande empresa, a preferida das especulações é a Petrobrás, e a partir dessa segunda, 23 de junho de 2008, possíveis problemas financeiros, o grau é variável, de problemas para cumprir entregas até situação de quase falência.

A última fonte de informações surgiu nessa segunda, o Diretor da Coordenação-Geral de Agregação de Valor e Renda do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Arnoldo Campos, em conferência sobre Biocombustíveis, realizada na FEA da USP, onde o diretor comentou sobre as dificuldades para os produtores de biodiesel no nordeste que utilizam a mamona como base de sua geração. A principal dificuldade para estes produtores seria o aumento da matéria-prima, assim como a certificação de combustível social.

Na apresentação o economista Arnoldo Campos, que é um dos principais responsáveis pelo programa de biodiesel do MDA, se referindo a Brasil Ecodiesel afirma "a empresa está em dificuldades financeiras extremas", "não é a primeira a quebrar, certamente não será a última".

A palestra completa está disponível no site do IPTV USP, com o nome de "Ciclo Impactos Socioambientais dos Biocombustíveis dicutirá os potenciais e limites do biodiesel brasileiro".

Para a Brasil Ecodiesel o ponto crítico seria a ausência de fornecimento de biodiesel a partir da mamona (sua principal matéria-prima), que estaria sendo vendida para a indústria química, com preços que a Brasil Ecodiesel não poderia competir. Levando a empresa a enormes dificuldades para cumprir os contratos com a Petrobras. Somente essa situação poderia levar a empresa a insolvência.

Nesse ponto se encaixam os boatos com relação a Petrobras, que são anteriores. A empresa deixou claro seus objetivos de crescimento no setor de biodiesel, com a criação de uma diretoria exclusiva para o setor, porém o crescimento orgânico será lento. Com isso muitos apontam que o caminho de crescimento deveria ser através de aquisições e a Brasil Ecodiesel surge como uma empresa dentro dos possíveis alvos. Oficialmente a Petrobras anunciou a construção de 3 usinas de processamento para o ano que vem, um objetivo modesto para a estatal, considerando as necessidades do B3 e B5.

Importante ficarmos atentos aos desdobramentos dessa situação, que pelas declarações citada poderão ser rápidas a partir de agora, sinais de busca de crédito no sistema financeiro ou no mercado podem dar sinais melhores dessa situação.

Na análise dos balanços da Brasil Ecodiesel os dados estão muito defasados, os resultados do 1° trimestre apontavam um endividamento líquido de curto prazo próximos de R$ 230 milhões; os resultados do 1° primeiro trimestre apontavam prejuízos de R$ 15 milhões, com aumento do prejuízo no último mês do trimestre considerado no balanço, o que a empresa explicava com o aumento do preço das matérias-primas. Considerando que os preços continuam subindo os resultados atuais devem ter se deteriorado ainda mais.

Written by gandalfwizard

24 de junho de 2008 at 22:13

Vale planeja saída do controle da Usiminas

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A Vale participa do bloco de controle da Usiminas com uma participação de 5,89% das ações ordinárias (USIM3), porém têm manifestado intenção de retirar-se do controle ou até mesmo se desfazer-se da participação na empresa.

A atual administração da Vale não vê vantagens ou fortes sinergias que justifiquem essa participação; prevê sim falta de foco e conflitos de interesse advindos da participação.

Episódio recente que precipitou essa revisão na posição da Vale foi a compra da mineradora J. Mendes. A Vale foi contra a aquisição alegando o alto preço dos ativos que se aproximaram de US$ 1,20 por tonelada de minério de ferro, como exemplo em aquisição recente da mineradora Apolo pela Vale o preço por tonelada de minério de ferro foi de US$ 0,10. MMX e CSN também fizeram compras a valores de US$ 0,8 e US$ 1 por tonelada.

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Vista panorâmica da mina de Casa de Pedra (cortesia Ricardo-NL)

 

Antes divergências sobre a aquisição da Sparrows Point, pertecente a Arcelor Mittal, impediram a compra da siderúrgica americana, contrapondo a Vale aos outros controladores que apontavam a necessidade de compras no setor de mineração e não de siderurgia.

O modelo adotado pela Vale em parcerias com a Baosteel e Thyssen, sem participação no controle, apenas com participações minoritárias parece ter sido mais vantajoso para a Vale nos últimos anos.

A entrada no bloco de controle da Usiminas ocorreu em 2006, portanto uma decisão recente, que antes havia sido rejeitada diversas vezes com o mesmo argumento que volta a tona neste momento, falta de foco no negócio de mineração e conflitos de interesses.

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Vale planeja sair do bloco de controle da Usiminas

 

A saída completa da empresa com a venda das ações a valores de mercado renderia a vale R$ 1,3 bilhões, recursos que poderiam ser reutilizados em projetos de mineração próprios.

A alternativa mais citada até o momento não foi a venda das ações, mais algum acordo para a conversão das ações ordinárias em preferenciais, esse tipo de acordo foi realizado recentemente pelo Bradespar (controladora da Vale), a companhia saiu do bloco de controle da CPFL, porém manteve as ações preferências da empresa. A diferença é o fato de a Vale não ser uma empresa de portfolio como o Bradespar.

Para acompanhar novidades no tema fique atento ao Investidor Informado.

Written by gandalfwizard

12 de maio de 2008 at 19:16

Neeleman (JetBlue) planeja criação de companhia aérea no Brasil

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A última semana de fevereiro, foi marcada por uma série de encontros entre autoridades da ANAC e BNDES com o maior acionista e ex-presidente da JetBlue, David Neeleman, sua companhia de aviação criada a cerca de 8 anos se destaca como uma das companhias de melhor desempenho após a crise da aviação de 2001.

Neeleman, expôs a ANAC sua intenção de iniciar uma companhia aérea no Brasil, totalmente separada da JetBlue, porém nos moldes dessa, e aproveitando contratos entre a Embraer e a JetBlue.

A possibilidade de exercer os contratos de opções de compra nessa nova empresa, surgiram depois de uma crise na JetBlue em 2007, com atrasos e cancelamentos durante o inverno que culminaram com o afastamento de Neeleman da presidência da empresa. Com as dificuldades surgidas na empresa especula-se que a esta deixaria de exercer pelo menos 30 de suas opções de compra para os Embraer 190 a que teria direito, esse seria o início da companhia de Neeleman no Brasil, mas a meta de opções negociadas com a Embraer seria de 74 aviões. O total de encomendas da JetBlue a Embraer é de 71 pedidos firmes, mais 100 opções de compra.

Avião Embraer 190 operado pela JetBlue (Cortesia Nashville Aviation)

A Embraer tem servido de apoio aos contatos de Neeleman, tanto visando não perder parte de sua carteira de pedidos, como vislumbrando a possibilidade de ter os seus Embraer 190, voando no Brasil, após a malograda tentativa de acordo com a BRA no ano passado poderia ser a volta por cima.

A compra das aeronaves poderia, assim como no negócio com a BRA, ter a participação do BNDES, que declarou diversas vezes interesse no financiamento das aeronaves da Embraer para todas as companhias brasileiras.

A nova empresa de Neeleman, ainda sem nome definido, deve seguir os moldes da JetBlue, empresa que trabalha com vôos de baixas tarifas e baixo custo, porém se destaca no mercado oferecendo serviços especiais a seus passageiros (pagos individualmente), além de vôos sem escalas, tendo grande apelo de fidelização entre executivos.

Os aviões de 100 lugares da Embraer, menores que os os operados pela TAM e Gol, permitem as condições necessárias a  vôos diretos, com seu menor custo por milha voada.

O executivo da JetBlue, havia tentado entrar no mercado brasileiro adquirindo outras companhias, porém sem sucesso, foi o caso da Vasp e BRA.

TAM e Gol apenas observam os movimentos do empresário, sem parecer se preocupar com a concorrência, mas de olho em busca de qualquer possível favorecimento a empreitada. A briga pelos Hubs nos principais aeroportos deverá ser o próximo obstáculo para a viabilização da companhia, que pretende ter sua base de operações em Viracopos, Campinas. A data prevista para o início das operações é 2009.

Para acompanhar novas informações fique atento ao Investidor Informado.

Written by gandalfwizard

3 de março de 2008 at 08:21

Boatos: Itambé prepara abertura de capital

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Tratando sobre boatos e especulações do mercado, este artigo fala do interesse na abertura do capital da Itambé.

A CCPR (Cooperativa Central de Produtores Rurais), mais conhecida pela marca Itambé, divulgou faturamento de R$ 1,75 bilhões de reais, no ano de 2007. Resultado de crescimento de 28% no ano passado, bem superior a média do mercado de laticínios no Brasil, o resultado mantém a Itambé como o segundo maior laticínio brasileiro, atrás apenas da Nestlé (DPA).

Os resultados expressivos dos últimos anos colocaram a cooperativa como alvo de vários grupos, resultado de um processo de consolidação no setor de alimentos no Brasil.

Pouco tempo antes da Eleva ser adquirida pela Perdigão, se cogitou que poderia haver uma fusão entre Eleva e Itambé, com a compra o negócio não foi adiante, porém a empresa não saiu do radar de outras grandes com Perdigão e Bertim, especialmente Sadia, que já fez sondagens em diversos ativos do setor.

Muitos interesses pelo leite da Itambé

Nesse contexto a empresa estaria analisando um plano alternativo que lhe permitiria manter-se independente, a abertura de capital. Desde 2001 o mercado cogitou uma abertura de capital para a empresa, porém a crise que se abateu sobre o setor impediu avanços.

No momento os planos para a abertura de capital incluiriam criar uma nova subsidiária, da qual seriam ofertadas até 49% das ações ao mercado, e a listagem da empresa no Novo Mercado da Bovespa.

A abertura de capital poderia ampliar os horizontes da Itambé que têm planos de investir até R$ 100 milhões este ano, principalmente na expansão de fábricas já existentes.

Grande destaque no faturamento desse ano, a exportação de leite em pó, poderia se tornar o grande pilar de crescimento, que hoje representa cerca de 12% do faturamento total da empresa.

Os grandes entraves ao IPO esta nos mesmos problemas que enfrentam o mercado de alimentos como um todo, estilo fechado de administração, e informalidade no relacionamento com parceiros. Porém alguns IPOs recentes mostram que é possível mudar, e é vantajoso, caso do JBS-Friboi e LAEP.

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Written by gandalfwizard

17 de fevereiro de 2008 at 08:16

Boatos: Santander interessado em transmissão do Complexo do Rio Madeira

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Artigo iniciando uma série, sobre boatos e especulações do mercado, neste artigo trata-se de interesses de investimento do Santander no Brasil.

O mercado cogita que o banco Santander possa estar montando um grupo para participar do leilão das linhas de transmissão que ligarão o Complexo do Rio Madeira ao sudeste do país, uma rede de aproximadamente 2,7 mil quilômetros.

O Santander foi um dos vencedores do consórcio liderado pela Odebrecht, para a construção da hidroelétrica de Santo Antônio no rio Madeira, porém o banco estaria interessado em outro grande negócio na construção das linhas de transmissão, a busca de parceiros foi iniciada e surgem nomes como Abengoa (engenharia e energia), Isolux Corsan (construção e energia) e Cobra (energia).

Linhas de transmissão

Junto as três espanholas, lideradas pelo Santander, deve naturalmente surgir um parceiro nacional, provavelmente a Eletrobrás, o que daria força ao consórcio para obter apoio do BNDES.

O Santander não estaria nessa empreitada apenas como financiador do consórcio, mas também como parceiro, mesmo que minoritário, no negócio. Esse seria o primeiro passo do banco para instalar no Brasil um banco de participações voltado a concessões e obras públicas.

O consórcio precisará de músculos e interesse no mercado nacional, o que Abengoa e Isolux têm mostrado nas disputas por linhas de transmissão no Brasil. O valor das obras pode chegar a até R$ 7 bilhões de reais.

Para acompanhar novas informações fique atento ao Investidor Informado.

Written by gandalfwizard

8 de fevereiro de 2008 at 18:48