Redecard revisa contratos de empresas de comércio eletrônico que oferecem outros meios de pagamento

Uma das duas companhias que dominam o setor de cartões no Brasil, a Redecard confirmou nesta sexta-feira que está revendo os termos dos contratos firmados com lojas de comércio eletrônico. A empresa alega questões de "garantia financeira e de segurança" para a revisão dos acordos.

Ontem, a SDE (Secretaria de Direito Econômico) abriu um processo contra a empresa para apurar eventual infração à ordem econômica.

Na denúncia feita à SDE, a Associação Brasileira de Internet acusa a Redecard de impor um novo contrato, com termos abusivos, para lojas de comércio eletrônico que adotaram modalidades de pagamento on-line (os chamados facilitares de pagamento). Alguns dos facilitadores mais conhecidos do mercado são o Paypal (Ebay), o MercadoPago (Mercado Livre) e o PagSeguro (do UOL, ligado ao Grupo Folha).

Em seu comunicado oficial, a diretoria da Redecard afirma que "tem mantido entendimentos com os participantes do comércio eletrônico para rever os termos dos contratos existentes". Ainda segundo a empresa, a revisão visa adequar os contratos "às suas peculiaridades, em especial às exigências de garantia financeira e de segurança necessárias à manutenção da integridade, do equilíbrio e da eficiência do sistema de meios de pagamento".

A companhia afirma que suas preocupações com a segurança são "legítimas" e que vai manter "seus esforços para o contínuo aperfeiçoamento do sistema".

Especificamente sobre o processo administrativo, a empresa declarou que vai colaborar com as autoridades "para a devida elucidação dos fatos, evidenciando a improcedência do questionamento".

Folha

Link: Redecard alega segurança para revisar contratos de comércio eletrônico

Entregas do comércio virtual pela ECT cresceram 56% em 2007

Os Correios registraram crescimento este ano de 56% no volume de entregas de compras feitas pela internet para o Natal. Os produtos adquiridos pelo comércio eletrônico tiveram em 2007 participação de 4,9% sobre o serviço normal de entregas da Empresa Brasileira de Correios (ECT), contra 3,9% registrados em 2006.

De acordo com o gerente corporativo de Encomendas da ECT, Ricardo Fogos, a tendência é de alta para os próximos anos, em virtude do aumento do número de internautas e do barateamento de computadores e serviços de acessos à internet.

A comodidade para o consumidor, o aprimoramento da logística de entrega por parte da ECT e as facilidades oferecidas pelo comércio virtual contribuem para o fortalecimento desse canal de compras. Os itens preferidos neste Natal pelo público foram importados da linha de eletroeletrônicos, aparelhos de telefone celulares, computadores, notebooks, minigames, tocadores de MP3 e televisores LCD.

Há sete anos o varejo eletrônico era dominado pelas compras de CDs, livros e DVDs, segundo a ECT. De acordo com a e-bit, empresa de marketing on line especializada em pesquisar o e-commerce no Brasil, as vendas de “parafernália” eletrônica neste Natal devem obter crescimento nominal de 45% em relação ao Natal do ano passado, com faturamento recorde de R$ 1 bilhão.

Os Correios entregam nos dias do Natal encomendas em volume 80% superior à média do restante do ano. A ECT prevê para este mês de dezembro o recebimento 1,4 milhão de volumes provenientes de compras pela internet, contra 930 mil registrados em dezembro do ano passado.

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil

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