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Neeleman (JetBlue) planeja criação de companhia aérea no Brasil
A última semana de fevereiro, foi marcada por uma série de encontros entre autoridades da ANAC e BNDES com o maior acionista e ex-presidente da JetBlue, David Neeleman, sua companhia de aviação criada a cerca de 8 anos se destaca como uma das companhias de melhor desempenho após a crise da aviação de 2001.
Neeleman, expôs a ANAC sua intenção de iniciar uma companhia aérea no Brasil, totalmente separada da JetBlue, porém nos moldes dessa, e aproveitando contratos entre a Embraer e a JetBlue.
A possibilidade de exercer os contratos de opções de compra nessa nova empresa, surgiram depois de uma crise na JetBlue em 2007, com atrasos e cancelamentos durante o inverno que culminaram com o afastamento de Neeleman da presidência da empresa. Com as dificuldades surgidas na empresa especula-se que a esta deixaria de exercer pelo menos 30 de suas opções de compra para os Embraer 190 a que teria direito, esse seria o início da companhia de Neeleman no Brasil, mas a meta de opções negociadas com a Embraer seria de 74 aviões. O total de encomendas da JetBlue a Embraer é de 71 pedidos firmes, mais 100 opções de compra.
Avião Embraer 190 operado pela JetBlue (Cortesia Nashville Aviation)
A Embraer tem servido de apoio aos contatos de Neeleman, tanto visando não perder parte de sua carteira de pedidos, como vislumbrando a possibilidade de ter os seus Embraer 190, voando no Brasil, após a malograda tentativa de acordo com a BRA no ano passado poderia ser a volta por cima.
A compra das aeronaves poderia, assim como no negócio com a BRA, ter a participação do BNDES, que declarou diversas vezes interesse no financiamento das aeronaves da Embraer para todas as companhias brasileiras.
A nova empresa de Neeleman, ainda sem nome definido, deve seguir os moldes da JetBlue, empresa que trabalha com vôos de baixas tarifas e baixo custo, porém se destaca no mercado oferecendo serviços especiais a seus passageiros (pagos individualmente), além de vôos sem escalas, tendo grande apelo de fidelização entre executivos.
Os aviões de 100 lugares da Embraer, menores que os os operados pela TAM e Gol, permitem as condições necessárias a vôos diretos, com seu menor custo por milha voada.
O executivo da JetBlue, havia tentado entrar no mercado brasileiro adquirindo outras companhias, porém sem sucesso, foi o caso da Vasp e BRA.
TAM e Gol apenas observam os movimentos do empresário, sem parecer se preocupar com a concorrência, mas de olho em busca de qualquer possível favorecimento a empreitada. A briga pelos Hubs nos principais aeroportos deverá ser o próximo obstáculo para a viabilização da companhia, que pretende ter sua base de operações em Viracopos, Campinas. A data prevista para o início das operações é 2009.
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