Investidor Informado

Just another WordPress.com weblog

Archive for the ‘Esso’ Category

Cosan busca consolidação de negócios, após aquisições

leave a comment »

A sequência frenética de aquisições da Cosan, o maior grupo sucroalcooleiro do Brasil, esconde o tipo de problema comum às companhias com fome de crescimento rápido. Na sobreposição de novos ativos que se somam à estrutura antiga, inicialmente sobram perdas e falta sinergia. Há pelo menos uma década comprando empresas, a Cosan vive na busca contínua de uma integração perfeita de suas operações. São 21 usinas, 43 mil funcionários diretos e uma área de cana-de-açúcar cultivada equivalente a mais de 600 mil vezes um campo de futebol.

Além disso, colecionou empresas dos mais variados setores, da distribuição de combustíveis, com a Esso, à produção de açúcar refinado, com a marca União. Cada um desses braços possui diferenças significativas em seus padrões de gestão, em suas culturas e em seus procedimentos. Pois chegou a hora de transformar essa colcha de retalhos corporativa em um grupo empresarial único, cuja face mais visível é o lançamento de uma nova logomarca.

A meta é integrar todas as operações, respeitando a individualidade de cada setor – uma tarefa que Rubens Ometto, controlador e maestro dessa orquestra, costuma resumir na seguinte expressão: produzir energia elétrica para as casas, etanol para o carro e açúcar para as pessoas. Isso não quer dizer que o fôlego comprador de Ometto esteja adormecido.

"Se bobear, eu pego", disse ele a um grupo de amigos, em tom de brincadeira, durante evento recente. Agora mesmo, ele estaria negociando a compra do Açúcar Guarani, do grupo francês Tereos. A necessidade de integração dos ativos tornou-se mais urgente desde que a Cosan entrou no mercado de varejo de combustíveis, um terreno desconhecido para ela e cercado de rivais de peso.

Ela comprou os 1,5 mil postos da rede Esso, numa de suas operações de compra mais caras já feitas pelo grupo até hoje (US$ 826 milhões). É exatamente aí que está boa parte do atual esforço de integração da Cosan. Após o anúncio da aquisição, em abril de 2008, um comitê formado por integrantes da Esso e da Cosan passou quatro meses juntos.

Ele montou um projeto de reposicionamento da marca. A Esso vai abraçar a causa verde do etanol e usar a imagem de combustível ecologicamente correto. E a expansão orgânica já começou. Silenciosamente, ela tem transformado em unidades da Esso os postos de bandeiras brancas (que trabalham com combustíveis de marcas variadas). Foram 27 migrações apenas em 2008, sendo 13 no Estado de São Paulo. É mais que o dobro do ano anterior.

Desde março, as 58 bases de distribuição de combustível da Cosan já operam de forma integrada à cadeia de postos. Tem mais: os pontos estão sendo revitalizados e até a cafeteria dos pontos foi repaginada. A venda média mensal das lojas reformadas pulou de R$ 57 mil ao mês para R$ 97 mil, segundo apurou a DINHEIRO em relatórios da gerência de divisão de lojas da Cosan. E a empresa já foi procurada para uma nova associação.

O grupo de alimentação espanhol Áreas chegou a sondar o comando da Esso há dois meses. Propuseram abrir restaurantes nos postos e pagar aluguel pelo espaço. A empresa não confirma. "Não descartamos nada, mas não há negociação", diz Marcos Lutz, vice-presidente de comercialização e logística do grupo.

Na Cosan, ninguém fala também nas economias geradas na integração da Esso com o grupo. "Só posso dizer que já realizamos boa parte da sinergia", disse Lutz à DINHEIRO. A princípio, tanto no caso da Esso como das novas usinas compradas, Ometto evita centralizar questões que não sejam realmente estratégicas. E mexe muito pouco nos parques fabris adquiridos logo após o fechamento do negócio. Não há isso de "choque de gestão".

"Ometto delega o que pode e, se acredita no time, ele deixa trabalhar, como é o caso da Esso", diz Eduardo Carvalho, conselheiro da Unica, entidade do setor de açúcar e álcool. Após aquisições, o segundo e terceiro escalões das usinas acabam mantidos, mas os principais executivos são indicados pela Cosan, que dessa forma passa a acompanhar tudo de perto.

Em certos casos, percebeu-se, no entanto, que era preciso aparar muitas arestas. Padrões internos de empresas adquiridas variavam muito – desde o modelo de controle de pragas nas lavouras ao sistema de software que administra a entrada de insumo e saída do álcool da usina. "O trabalho principal é capturar o que cada usina tem de melhor", repetia Paulo Diniz, vice-presidente financeiro e um dos braços diretos de Ometto até abril passado. Alguns exemplos: enquanto a Cosan trabalha utilizando tecnologia SAP desde 2007, na Benálcool (vendida pelo Grupo J.Pessoa em 2008) não existia sistema de controle instalado da mesma magnitude.

Havia ainda ineficiência em certas operações. O índice de rendimento industrial das usinas de Bonfim, adquirida em 2006, e Mundial, comprada um ano antes, estava abaixo da média do grupo Cosan até o início de 2008, apurou a DINHEIRO, com base em relatórios internos.

Na usina de Tamoios, do grupo há dois anos, o aproveitamento agrícola estava ligeiramente inferior à taxa média no mesmo período. Perdas na recepção da cana ou na moenda abaixam o índice. Por isso, a Cosan está tendo de estender, para as últimas usinas que comprou, o que ela chama de Key Performance Indicators (Indicadores-Chave de Performance).

A ideia é que todas as usinas tenham controles de performance padronizados e que isso possa ser apresentado, por região do Estado ou do País, em reuniões mensais. O que a Cosan quer é integrar, mas ao mesmo tempo gerar competição interna nas suas 21 usinas (outras duas estão em construção). É muito da cartilha usada pelas empresas de Jorge Paulo Lemann, a quem Ometto reverencia por ter implementado a prática de uma meritocracia rígida baseada em resultados.

Na Cosan, todas as usinas adquiridas já têm acesso aos dados de desempenhos individuais. A regional de Araçatuba acompanha a performance de Jaú, Araraquara e Piracicaba. "Ao mesmo tempo que os resultados são apresentados nas reuniões todos os meses, as correções são feitas, em tempo real, na mesa de discussão", conta um ex-executivo do grupo.

Mudanças também acabaram atingindo a cadeia de comando da Cosan. A companhia cresceu tanto que passou a existir uma sobrecarga de trabalho no braço industrial do grupo. Foi preciso contratar mais gente e redividir as tarefas.

Chegaram a pipocar rumores de disputas de poder internas e ruídos na comunicação na área de novos projetos. Tudo porque o engenheiro Antonio Stuchi, com 25 anos de experiência no setor, foi chamado pelo grupo há um ano para dividir tarefas com o vice-presidente industrial Armando Viotti, que cuidava de todo o processo produtivo. A empresa correu para jogar panos quentes. "O que existia era sobrecarga de trabalho", explicou num jornal interno o vice-presidente geral, Pedro Mizutani.

O interessante é que parte das decisões estratégicas adotadas recentemente tem relação com planos de operação de empresas vitoriosas em seus setores. A Cosan tem, por exemplo, um projeto ambicioso na área logística. Ela tem dito que quer tornar a Rumo, o braço logístico da companhia, na maior empresa de escoamento de açúcar do Brasil. O objetivo final é integrar porto, estradas e ferrovias, copiando o modelo das mineradoras de ferro, como a Vale do Rio Doce. Inclusive, logo após a Vale anunciar a remodelação de seu logo em novembro passado, a Cosan iniciou os mesmos trabalhos nesse sentido.

A nova logomarca foi apresentada aos funcionários em fevereiro, num encontro fechado em Angra dos Reis (RJ). A DINHEIRO apurou que a empresa aproveitaria o momento de anúncio do logotipo para apresentar ao mercado uma nova Cosan, com campanha publicitária que revelaria os reflexos positivos do seu processo de integração recente. Efeitos negativos da crise, que inclusive afetaram os resultados do grupo em 2008, teriam feito a proposta perder fôlego internamente.

Maior produtora e processadora de açúcar do mundo, e maior exportadora de álcool do planeta, a empresa já teria 60% de sua receita oriunda de ativos comprados desde 2000. Boa parte dos mais de US$ 3,8 bilhões obtidos pela empresa com emissões de títulos de dívida e de ações desde 2000 foi usada para finalizar aquisições costuradas por Ometto.

Em apenas quatro anos, a companhia mais que dobrou de tamanho em termos de receita. Faria todo o sentido se reorganizar desfazendo- se de operações que não lhe interessam. Em maio, a venda para a Shell, por US$ 75 milhões, do braço de combustível para aviação é um exemplo disso. Acaba sendo um dinheirinho extra na dívida global do grupo (em R$ 4,2 bilhões de maio a janeiro, 65% a longo prazo). E um negócio a menos para ocupar a cabeça de Ometto.

Istoé Dinheiro

Link: Cosan 3 em 1

Written by gandalfwizard

3 de julho de 2009 at 09:03

Publicado em Cosan, Esso, Etanol

Cosan e Exxon divergem sobre marcas Esso e Mobil

leave a comment »

Exxon quer retomar as marcas Esso e Mobil no Brasil, e bate de frente com a Cosan. A Exxon e o empresário Rubens Ometto, dono da Cosan, estão à beira de um contencioso. O motivo é o acordo de cessão das marcas Esso e Mobil, vinculado à venda da rede de postos da multinacional no Brasil. Os norte-americanos querem rasgar o contrato que eles próprios assinaram há pouco mais de um ano e retomar o direito sobre os dois brands.

Ao comprar os postos da Exxon, a Cosan garantiu o uso das marcas Esso e Mobil no país por um período de cinco a dez anos – o intervalo varia de acordo com os produtos comercializados. Arrependida, a Exxon procurou Ometto com duas propostas: a redução do período de vigência do contrato ou, ao menos, a liberação da marca Mobil.

O dono da Cosan tem se mostrado irredutível quanto ao cumprimento do contrato. Na tentativa de esgarçar ao máximo as possibilidades pela via diplomática, a Exxon acena à usina sucroalcooleira com a possibilidade de um acordo comercial, leia-se a distribuição conjunta dos produtos com as duas marcas. Caso esta última cartada não dê resultado, só restará ir para o pau.

A multinacional está disposta a usar de todos os recursos legais para cancelar o contrato, não obstante a complexidade jurídica da matéria. A Exxon se penitencia por ter aceitado o acordo de cessão das marcas.

A multinacional constatou que vive uma crise de identidade no Brasil. Ela está se sentindo órfã de um nome de maior apelo junto ao mercado consumidor. A preocupação se acentuou devido a uma pesquisa de brand encomendada pela Exxon.

Segundo mapeamento feito junto a formadores de opinião, indústrias da cadeia petroleira e público em geral, mesmo com pesados investimentos em publicidade institucional os norte-americanos terão dificuldade para disseminar o nome Exxon no mercado brasileiro.

A Exxon mantém três atividades no país: exploração e produção de petróleo, suporte a empresas da área de gás – operação concentrada em Curitiba –, e a venda de produtos químicos, fabricados em São Paulo.

Na avaliação dos norte- americanos, esta última unidade de negócio é a que mais se ressentirá de uma marca com maior apelo comercial. O que acentua o problema é que o grupo pretende trazer para o Brasil outros derivados vendidos diretamente no varejo. Sem uma marca forte, fica difícil.

Relatório Reservado

Link: Exxon quer retomar as marcas Esso e Mobil no Brasil, e bate de frente com a Cosan

Written by gandalfwizard

26 de junho de 2009 at 17:03

Publicado em Cosan, Esso, ExxonMobil

Cosan estima que quase a totalidade de sua produção de etanol será para a Esso

leave a comment »

A Cosan estima uma produção de 2,3 bilhões de litros de etanol para este ano, segundo Marcos Marinho Lutz, vice-presidente comercial e de logística da empresa. Deste total, cerca de 2 bilhões de litros serão comercializados na rede de postos Esso.

– Contamos com grande potencial de estoque e capacidade logística para atender a crescente demanda do mercado e aumentar ainda mais nossa participação – afirmou.

Com o objetivo de acompanhar o momento mais favorável para o açúcar na safra em andamento e possivelmente na próxima (2010/11), Lutz disse que a Cosan vai aumentar sua capacidade para produção de açúcar.

– Com o mix atual, a empresa tem condições de se tornar mais açucareira, sem comprometer as estratégias logísticas e de marca dos produtos.

Ele assinalou que a Cosan vai destinar 50% da cana-de-açúcar cultivada para a produção de álcool e 50% para a produção de açúcar.

O vice-presidente da Cosan disse ainda que, dando continuidade ao processo de verticalização, a empresa também vai acelerar a sinergia com as empresas do setor de petróleo, como já aconteceu ao incorporar a Esso.

– Esta é uma oportunidade de exportarmos cada vez mais energia. Ao mesmo tempo, as empresas de petróleo também vão optar por aumentar sua participação nos biocombustíveis – afirmou.

Canal Rural

Link: Cosan estima produção de etanol em 2,3 bilhões de litros em 2009

Written by gandalfwizard

16 de junho de 2009 at 10:30

Publicado em Cosan, Esso, Etanol

O tigre da Cosan ficou mais caro

leave a comment »

Desde o primeiro dia de dezembro, a Cosan tem um novo símbolo: o tigre da distribuidora de combustíveis Esso, comprado da ExxonMobil. Com a finalização do negócio, anunciado em abril, a Cosan passa a ter braços em toda a cadeia de combustíveis, do plantio da cana à entrega do álcool ao varejo. O problema é que o negócio saiu mais caro que a encomenda.

Em sete meses, a cotação do dólar cresceu 30%. E o valor da transação, que foi reduzido em dólares, acabou ficando maior em reais. O preço final ficou em US$ 715 milhões, mais dívidas de US$ 175 milhões. De R$ 1,73 bilhão, virou R$ 2,0 bilhões. Em setembro, a companhia havia feito um aumento de capital de R$ 880 milhões com a emissão de 55 milhões de ações ordinárias e um empréstimo de US$ 1,5 bilhão com Bradesco e Calyon Brasil para os planos de expansão e pagamento da aquisição da Esso.

Essa virada econômica poderia não causar tantos problemas se as perspectivas setoriais fossem animadoras. Porém, o setor sucroalcooleiro tem margens apertadas, os preços estão em queda e a demanda está recuando com a retração do consumo global. "A distribuição tem margens baixas e a rentabilidade do álcool historicamente depende dos incentivos do governo", diz Peter Ho, analista da Planner Corretora, que recomenda a venda do papel. "Por todos esses fatores, essa operação ficou cara para a Cosan." O valor da empresa na bolsa caiu mais de R$ 5 bilhões em cinco meses.

Istoé

Link: O tigre da Cosan ficou mais caro

Written by gandalfwizard

13 de dezembro de 2008 at 10:20

Publicado em Cosan, Esso, Etanol

Cosan coclui aquisição dos ativos da Esso no Brasil por US$ 890 milhões

leave a comment »

Gandalf Wizard
Investidor Informado

A Cosan (CSAN3) finalizou em 1º de dezembro, a aquisição de 100% dos ativos de distribuição e comercialização da Esso no Brasil, mediante pagamento de US$ 715 milhões à ExxonMobil, além da assunção de dívidas de US$ 175 milhões.

A Cosan assume a posição de 4ª maior distribuidora de combustíveis do país, com mais de 1,5 mil postos de serviço da Esso em vinte estados do Brasil, com vendas de 5 milhões de litros de combustíveis e 160 milhões de m³ de GNV.

O acordo de aquisição prevê que a Cosan continuará utilizando as marcas Esso e Mobil nos postos de atendimento.

Written by gandalfwizard

2 de dezembro de 2008 at 11:43

Publicado em Combustível, Cosan, Esso

Cosan emite para pagar Esso

leave a comment »

A Cosan emitirá até US$ 500 milhões em notas promissórias para completar o pagamento pela aquisição dos ativos de distribuição e revenda da Esso no Brasil, comprados por US$ 826 milhões no início do ano. A operação terá custo de 100% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) mais um spread de 3%.

A emissão ocorre em um momento de escassez de crédito internacional. A captação por meio de notas promissórias, contudo, é uma das poucas que ainda tem encontrado demanda no mercado, sobretudo em função dos altos juros pagos por ela.

A data da colocação dos documentos ainda vai ser definida, e a operação pode ser feita em uma ou mais séries. O valor nominal e unitário das notas – com prazo de validade de um ano – poderá variar entre R$ 1 milhão de reais de R$ 25 milhões.

Energia Hoje

Link: Cosan emite para pagar Esso

Written by gandalfwizard

31 de outubro de 2008 at 18:00

Publicado em Cosan, Dívida, Esso

Cosan poderá utilizar suas próprias ações para adquirir companhias rivais, diz CEO

leave a comment »

Em tempos de liquidez escassa nos mercados, a Cosan (CSAN3) pretende utilizar suas próprias ações para comprar concorrentes, dada a situação delicada dos mesmos no setor sucroalcooleiro.

No entanto, a maior processadora de cana-de-açúcar do mundo diz que usará o iminente aumento de capital – na quantia de R$ 880 milhões – para expandir sua capacidade produtiva, ao invés de realizar aquisições de seus rivais com o montante.

"Sem dúvida, é um período delicado", afirmou Paulo Diniz, CEO (Chief Executive Officer) da companhia, justificando a operação. "Muitas companhias passam atualmente por um momento precário", completou o executivo, numa conference call realizada na última segunda-feira (22).

A Cosan, que planeja despender aproximadamente R$ 3,04 bilhões nos próximos quatro anos para aumentar em 50% sua capacidade de processamento, pretende levantar US$ 500 milhões adicionais através de um empréstimo, visando o pagamento da aquisição da Esso, anteriormente controlada pela Exxon Móbil.

Infomoney

Link: Cosan poderá utilizar suas próprias ações para adquirir companhias rivais, diz CEO

Written by gandalfwizard

27 de setembro de 2008 at 09:24

Publicado em Aquisição, Cosan, Esso

Perto de rebaixamento, Cosan avalia estratégia para compra da Esso

leave a comment »

A agência de risco Moody’s está analisando a nota de classificação do grupo Cosan, que poderá ser rebaixada. O anúncio deverá ser feito nas próximas semanas. A Cosan, maior companhia de açúcar e álcool do mundo, está classificada como BA2, dois níveis abaixo do grau de investimento.

Nessa nova análise, o comitê do Moody’s vai considerar novos fatores, como a incorporação pela Cosan dos ativos da Esso no Brasil, com cerca de 1,5 mil postos de combustíveis, adquiridos pelo grupo em abril, os fundamentos de mercado de açúcar e álcool e também o desempenho do balanço de resultados da companhia, segundo fontes da agência de risco. No final de agosto, a agência já tinha rebaixado a classificação do grupo sucroalcooleiro Unialco, de B2 para B3, que ainda poderá ter sua nota rebaixada novamente.

“Já tínhamos a sinalização de que isso [rebaixamento] poderia ocorrer”, afirmou Paulo Diniz, vice-presidente financeiro e de relações como os investidores do grupo . “Sem dúvida, os fundamentos negativos do mercado [preços internacionais baixos durante 2007] afetaram não só a Cosan, como todo o setor”, disse. “Mas, ao contrário de boa parte do setor, a Cosan tem geração de caixa estável”, disse Diniz.

Nessa semana, a Cosan deverá decidir a estratégia financeira para o pagamento da aquisição dos ativos da Esso. A Cosan assume 100% da gestão da quinta maior distribuidora de combustíveis do país a partir do dia de dezembro.

A compra foi anunciada em abril por US$ 826 milhões, além de US$ 163 milhões em dívidas.

Segundo Diniz, o grupo tem em caixa em torno de US$ 800 milhões, US$ 500 milhões da holding Cosan Limited, e outros US$ 300 milhões da Cosan S.A. “Temos uma linha de crédito em ‘standy-by’”, afirmou o executivo. O apurou Valor que o financiamento foi oferecido pelo Bradesco.

Na semana passada, as ações da Cosan S.A. fecharam com forte desvalorização de 14,04%. Só na terçafeira, dia 9, os papéis caíram 14,66%. A queda de terça-feira gerou especulações no mercado de que o grupo não teria como pagar pelos ativos da Esso. No mês, recuo de 24,53%. O preço do papel já está próximo do valor de lançamento, em novembro de 2005. Para analistas ouvidos pelo Valor, a desvalorização dos papéis da Cosan e de outras usinas na bolsa reflete, entre outros fatores, a forte instabilidade das commodities agrícolas nas últimas semanas, desencadeado pela desaceleração global da economia. No curto prazo, o cenário mundial de açúcar ainda é superavitário, mas deverá mudar em 2009, com a redução da produção de importantes países produtores, como a Índia. Há um consenso de que o grupo Cosan é um dos mais capitalizados do setor e que a recuperação dos preços internacionais do açúcar deverá dar fôlego para parte das companhias sucroalcooleiras.

Na quinta-feira, o grupo divulgou o balanço do primeiro primeiro trimestre e, como o previsto pelo mercado, os preços baixos do açúcar e álcool afetaram o desempenho financeiro da empresa. Neste primeiro trimestre da safra 2008/09, o grupo encerrou com receita líquida de R$ 394 milhões, com aumento de 30,7% sobre igual do ciclo passado. Mas, a despeito do aumento no faturamento, a rentabilidade líquida piorou. A companhia teve prejuízo líquido de R$ 94,2 milhões. No mesmo período da safra passada, o prejuízo ficou em R$ 49 milhões.

Com 18 usinas de açúcar e álcool em operação no Estado de São Paulo, o grupo está construindo três novas unidades em Goiás, com aportes de mais de US$ 600 milhões. A unidade de Jataí, no sudoeste do Estado, entra em operação em 2009.

A companhia tem investimentos em andamento de R$ 2 bilhões para aumentar a co-geração de energia a partir do bagaço da cana. Boa parte desses aportes, cerca de 80%, terá o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que já liberou R$ 370 milhões. O restante ainda está em análise pelo banco.

Na semana passada, a Cosan fechou contrato de energia, no valor de R$ 489 milhões, para o fornecimento nos próximos 15 anos de 3 mil gigawatts para o grupo Rede. No mês passado, fechou contrato de R$ 500 milhões para fornecimento de energia para a CPFL para a venda de 2,9 mil a 3,6 mil gigawatts também por 15 anos.

Valor

Link: Perto de rebaixamento, Cosan avalia estratégia para compra da Esso

Written by gandalfwizard

15 de setembro de 2008 at 11:09

Publicado em Cosan, Esso, Rating

Cade aprova compra da Esso pela Cosan em rito sumário

leave a comment »

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou hoje, em rito sumário, a compra da Esso Brasileira de Petróleo pela companhia brasileira de açúcar e álcool Cosan. O julgamento em rito sumário é aplicado pelo Cade quando a operação é considerada simples e de pouco impacto na concorrência em um determinado setor.

O negócio foi anunciado no dia 24 de abril deste ano e incluiu uma rede de mais de 1,5 mil postos de revenda de combustíveis, localizados em 20 Estados brasileiros, uma fábrica de lubrificantes no Rio de Janeiro, um depósito de lubrificantes em Duque de Caxias (RJ), instalações operacionais em sete aeroportos brasileiros e terminais de distribuição de combustíveis. À época da divulgação da operação, a Cosan anunciou que pagaria US$ 826 milhões pelos ativos da Esso no Brasil.

A operação recebeu parecer favorável à sua aprovação sem restrições das Secretarias de Acompanhamento Econômico (Seae) e de Direito Econômico (SDE), responsáveis pela análise do impacto da operação sobre o segmento econômico envolvido. Na avaliação das secretarias, embora o grupo Cosan seja um produtor de álcool-combustível (etanol) e a Esso atue no mercado de distribuição de combustíveis, inclusive etanol, as duas empresas têm participações baixas nos respectivos mercados.

Estado

Link: Cade aprova compra da Esso pela Cosan em rito sumário

Written by gandalfwizard

23 de julho de 2008 at 18:46

Publicado em Cade, Cosan, Esso

Cosan: compra da Esso gera critica sobre falta de foco e traz dúvida sobre crédito

leave a comment »

A compra dos ativos da Esso Brasileira por praticamente R$ 1 bilhão realizada na última quinta-feira (24) pela Cosan (CSAN3) gerou questionamentos entre os players de mercado.

Mostrando preocupação com os indicadores de crédito da Cosan, a agência internacional de classificação de risco Standard & Poor´s colocou o rating da empresa em perspectiva negativa.

A medida, afirmam os analistas, poderá culminar em um rebaixamento dos ratings do grupo conforme a estratégia adotada pela Cosan para financiar a aquisição e o perfil financeiro resultante da nova entidade consolidada, no caso, a Esso.

Além disso, a agência antevê que o novo ramo de negócio deverá proporcionar ao grupo margens comparativamente menores, o que poderá resultar em indicadores de proteção do fluxo de caixa mais frágeis, já que a Cosan pretende financiar parte do valor da aquisição com novas dívidas.

Em linha com as críticas da Standard & Poor´s, os analistas do Citi também desaprovam a aquisição feita pela Cosan, por julgarem que a compra deverá destoar o foco da empresa no mercado de cana-de-açúcar, o que poderá resultar em menores ganhos de escala.

Para saldar a dívida contraída, os analistas acreditam que a Cosan utilizará os US$ 310 milhões arrecadados via aumento de capital para financiar parte das pendências da transação.

Na visão dos analistas da Ativa, apesar da estratégia de verticalização ser coerente com planos de expansão da empresa, o mercado de distribuição de combustível é bastante competitivo e de margens baixas, o que deverá impactar negativamente nas receitas da empresa.

Infomoney

Link: Cosan: compra da Esso gera critica sobre falta de foco e traz dúvida sobre crédito

Written by gandalfwizard

26 de abril de 2008 at 07:50

Publicado em Cosan, Esso, Rating