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Archive for the ‘Nafta’ Category

Braskem lucra com inovação

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Norvic S80SA, Prisma 3410, Symbios 4102 e ML 3601U não passam de uma espécie de sopa de letras e números para quem não tem intimidade com o setor petroquímico. Na verdade, eles integram a relação dos 120 produtos desenvolvidos somente nos últimos três anos pelos técnicos da petroquímica Braskem. Juntos, estes insumos garantiram R$ 1,7 bilhão em vendas – ou 17% do apurado com a comercialização de resinas em 2008. Um valor expressivo mesmo para um conglomerado com receita líquida de R$ 21 bilhões e cujo portfólio inclui 500 itens. A Braskem conseguiu esse feito seguindo a cartilha das gigantes do segmento. Em vez de "atirar para todos os lados", ela montou um banco de ideias em 2004, batizado de Programa de Inovação Braskem, para centralizar esse processo. Apostou apenas nos projetos com custo competitivo e potencial de agregar receita. Desde então, foram cadastrados 1.220 projetos e 10% chegaram ao mercado. Uma taxa que, segundo a direção do grupo, é muito superior à média registrada na literatura sobre o tema: 2%. São insumos voltados para o dia a dia das pessoas, como o Norvic S80SA, composto de PVC que substitui a borracha usada nos solados de sapatos. Ou o Prisma 3410, um polipropileno com um nível de transparência 50% maior que o convencional. "O composto é mais resistente que as resinas atuais e tem custo menor em relação ao vidro", destaca Antonio Queiroz, diretor de competitividade e inovação da Braskem.

Engenheiro químico de formação, Queiroz comanda uma equipe de 290 técnicos, cientistas e engenheiros. Eles têm a espinhosa missão de agregar valor a compostos como polipropileno, polietileno e PVC, que já atingiram um elevado grau de maturação e que há muito são considerados commodities. "A capacidade de inovação é o que vai determinar a sobrevivência das empresas em um mundo cada vez mais globalizado", pontua Paulo Sérgio Quartiermeister, diretor do centro de inovação e criatividade da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP). Segundo ele, a Braskem pode ser considerada uma exceção em um País como o Brasil. "Ela segue a máxima segundo a qual é melhor buscar a obsolescência dos próprios produtos que deixar que os competidores o façam", destaca. E isso ficou claro na última Brasilplast, feira do setor de plásticos realizada em São Paulo no início de maio, quando a Braskem apresentou 16 resinas.

Parte do impacto positivo das invenções na boca do caixa da Braskem se deve a uma linha de pesquisa que privilegia também a melhora dos processos industriais. Um bom exemplo é o novo catalisador para a fabricação de polietileno de baixa densidade linear (PEBDL), usado na embalagem de alimentos, por exemplo. "Esse composto permitirá à companhia duplicar, para 200 mil toneladas por ano, a capacidade de produção de PEBDL", diz Queiroz, sem revelar mais detalhes. Um dos diferenciais da Braskem é o fato de ela contar com um complexo de laboratórios e plantas piloto, erguidas ou herdadas na aquisição de concorrentes como Ipiranga, Copesul e Politeno. São nove unidades avaliadas em R$ 330 milhões. E é nas plantas piloto que a Braskem testa os produtos em situação real. Com isso, ela consegue colocar no mercado insumos prontos para entrar na linha de produção do cliente em um tempo médio de 18 meses. "Trata-se de uma vantagem competitiva quando se disputa espaço com jogadores globais", avalia Queiroz.

Istoé Dinheiro

Link: Como, em apenas três anos, os cientistas da Braskem criaram produtos que já respondem por 17% das receitas do conglomerado

Written by gandalfwizard

8 de junho de 2009 at 06:51

Publicado em Braskem, Nafta, Plásticos

Brasil pode ter primeira refinaria sem Petrobras

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Investidores britânicos, espanhóis, brasileiros e do Golfo Pérsico pretendem construir uma refinaria de US$ 3 bilhões no Brasil, a primeira a ser montada no País por uma empresa que não seja a estatal Petrobras em mais de cinco décadas.

A britânica South Atlantic Refining Co já tem aprovação da autoridade brasileira reguladora do setor petrolífero (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para construir uma unidade de refino perto de Aracaju, capital de Sergipe, com capacidade de processar 200 mil barris por dia de petróleo leve ou pesado em diesel de baixo teor de enxofre, lubrificantes e nafta, informou David Wood, diretor operacional da companhia, em entrevista por telefone.

A pretendida refinaria, com início de produção previsto para 2013, ajudará a atender à demanda dos Estados Unidos e da Europa por diesel com menos de 10 partes por milhão de enxofre, um poluente corrosivo, disse o executivo da empresa britância. O empreendimento também contribuirá para que o Brasil reduza sua dependência das importações de nafta, empregada na fabricação de plástico.

"Construir uma nova refinaria nos Estados Unidos ou na Europa custaria cerca de 50% mais do que no Brasil, supondo que se obtenha aprovação ambiental para instalá-la", disse Wood a partir de Londres. "O financiamento ficou mais difícil devido à crise do crédito, mas também estamos assistindo à queda dos custos potenciais de matérias-primas como aço e engenharia", completou.

As petrolíferas não constróem uma nova refinaria nos Estados Unidos desde 1976 devido à regulamentação ambiental, à oposição local e às baixas margens de lucro. A crise mundial do crédito derrubou bancos, encareceu a tomada de empréstimos e enrijeceu os critérios para a obtenção de crédito.

Os países do Golfo Pérsico estão prontos para entrar com a maior parte dos 600 milhões de euros (US$ 776 milhões) em capital social para a construção da refinaria, disse Wood, que preferiu não identificar as nações. Ele também prevê obter empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a fim de comprar equipamentos locais como tubulações e tanques.

Os fundos soberanos dos países do Golfo Pérsico também deverão fornecer recursos, disse o executivo da britânica South Atlantic Refining.

Wood prevê processar petróleo bruto do Brasil, da África ou do Oriente Médio, embora a proximidade do petróleo da plataforma continental brasileira torne o produto local a matéria-prima mais provável. A refinaria vai atender os padrões ambientais da Europa e do Banco Mundial.

Gazeta Mercantil

Link: Brasil pode ter primeira refinaria sem Petrobras

Written by gandalfwizard

2 de novembro de 2008 at 10:56

Publicado em Nafta, Petrobras, Refinaria

Novo executivo da Braskem prioriza negociação da nafta

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O executivo Bernardo Gradin, que assumiu nesta quinta-feira a presidência da Braskem, elegeu como uma das prioridades da companhia a equação da questão da matéria-prima, o que passa pela negociação de um novo modelo de pagamento pela nafta junto à Petrobras.

Gradin afirmou, em encontro com a imprensa, que as negociações estão em curso e que está "otimista de que elas sejam concluídas neste ano". De qualquer forma, salientou, "é menos importante para mim o prazo do que uma negociação bem feita".

"É uma estratégia central, crucial, resolver a questão da matéria-prima", disse ele, admitindo, no entanto, que "não se trata de uma questão trivial e, por isso, a estratégia específica ainda não pode ser amplamente revelada".

Gradin adiantou que "há uma clara boa vontade das duas empresas de resolver a questão de forma satisfatória".

Ele reconheceu que a negociação não é isolada entre Petrobras e Braskem, mas envolve também a Quattor (empresa na qual a Petrobras detém 40 por cento), outra grande consumidora de nafta para o uso petroquímico.

O executivo espera que o volume de compra de cada uma das empresas seja levado em conta pela Petrobras. "A Petrobras terá o papel de equilibrar a negociação com os dois grandes compradores do mercado."

O contrato entre Braskem e Petrobras para o fornecimento da nafta venceu em 30 de junho e, desde então, vem recebendo aditivos "com absoluto bom senso", segundo Gradin. Ele afirmou que o relacionamento entre as duas companhias permanecerá assim "até que as negociações em curso desenhem o modelo do novo contrato".

José Carlos Grubisich, que passou o cargo a Gradin depois de sete anos à frente da companhia, destacou que o novo presidente participou de toda a criação e montagem da estratégia da Braskem, já que presidia a OPP Trikem, uma das empresas incorporadas à companhia petroquímica.

"Ele conhece a equipe, a estratégia, os negócios e todos os cantos e gavetas da Braskem", afirmou Grubisich.

Segundo os dois executivos, o projeto de sucessão já estava programado para este, que eles chamaram de segundo ciclo na vida da companhia criada em 2002: o ciclo da participação na consolidação do segmento e na internacionalização.

"Já inicio meu mandato tendo a missão de formar meu sucessor. Espero que o Grubisich tenha sido bem-sucedido nessa sua tarefa", afirmou Gradin.

Reuters

Link: Novo executivo da Braskem prioriza negociação da nafta

Written by gandalfwizard

3 de julho de 2008 at 16:03

Publicado em Braskem, Nafta, Petrobras