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A Vale é o maior investidor de siderurgia no Brasil

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Não é exagero dizer que há quase um século o governo tenta incentivar o desenvolvimento da indústria siderúrgica brasileira. Na década de 1920, Arthur Bernardes, que comandava Minas Gerais e depois viria a se tornar presidente da República, já alertava que o "minério só dá uma safra" e que era necessário agregar valor a ele. O sonho de Bernardes se transformou em realidade entre as décadas de 1950 e 1980, quando a indústria siderúrgica brasileira se desenvolveu apoiada em investimentos estatais e na instalação de grandes montadoras no país.

Apesar de terem conseguido construir um dos polos siderúrgicos mais competitivos do mundo, as empresas brasileiras investiram muito pouco na expansão da capacidade nas últimas duas décadas. E o país ficou para trás. A China, líder mundial, produziu 500 milhões de toneladas de aço no ano passado, enquanto o Brasil, nono do ranking, colocou no mercado 33,7 milhões de toneladas – menos de um décimo do país asiático. Paralelamente, a Vale se consolidou como a maior exportadora de minério de ferro do mundo, fornecendo o produto para a China transformá-lo em aço.

Só recentemente o Brasil resolveu retomar os projetos siderúrgicos. O que chama a atenção em todo esse processo é que a empresa que lidera esse movimento não é uma siderúrgica, mas a mineradora Vale. Mesmo assim, a maior empresa privada do Brasil tem sido constantemente criticada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Primeiro por investir demais no exterior. Depois por exportar o minério de ferro para a China, "deixando os buracos" no Brasil. Então por comprar navios de estaleiros chineses, exportando empregos ao país asiático.

A irritação teria começado no final do ano passado, quando, em meio à maior crise financeira mundial das últimas décadas, a Vale, demitiu cerca de 1.300 funcionários e cortou o plano de investimentos deste ano de 14 bilhões para 9 bilhões de dólares. Apesar dos rumores de que os ânimos do governo teriam se acalmado nas últimas semanas, o festival de delírios continua. Nesta semana, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), por exemplo, afirmou que a Vale deveria se tornar a maior exportadora de aços laminados do Brasil e concorrer com a ArcelorMittal, a maior siderúrgica do mundo.

Três fatos, no entanto, comprovam a visão míope do governo em suas críticas à Vale. O mais óbvio é que raras são as grandes empresas que não demitiram ninguém nem cancelaram investimentos em meio à crise. Além disso, a Vale pode criar um mal-estar com seus clientes produtores de aço se investir demais em siderurgia. Por último, a Vale está diretamente envolvida em quatro grandes projetos siderúrgicos no Brasil, que devem consumir investimentos totais – incluindo o de parceiros – que encostam em 17 bilhões de dólares. Em volumes, essas quatro siderúrgicas vão agregar até 21 milhões de toneladas de aço à capacidade brasileira – ou seja, 50,6% de tudo o que pode ser produzido no país hoje (41,5 milhões de toneladas).

O primeiro projeto a ser entregue pela Vale será o do Complexo Siderúrgico do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro. O empreendimento, que tem como sócio o alemã ThyssenKrupp, terá capacidade para produzir 5 milhões de toneladas anuais de aço e vai consumir um investimento total de 6,6 bilhões de dólares. Segundo a Vale, esse é o maior investimento industrial em construção no Brasil e a primeira siderúrgica de grande porte a ser construída no país desde meados da década de 80. A mineradora terá participação de 26,87% no projeto e, em troca, ganhou o direito de ser fornecedora exclusiva de minério de ferro para a CSA. O início da produção está previsto para o próximo ano.

Segundo o Instituto Aço Brasil (IABr), além da Vale/Thyssen apenas a Votorantim Siderurgia e a Vallourec & Sumitomo possuem projetos para ampliação da capacidade de produção de aço já em fase de implantação no país. A Votorantim, está prestes a finalizar a construção de uma nova usina em Resende (RJ) que terá capacidade para produzir 1 milhão de toneladas de placas de aço por ano. Já o complexo siderúrgico da Vallourec, que está em fase de instalação em Jeceaba (MG), terá capacidade para 1 milhão de toneladas de aço bruto – também bem abaixo da CSA.

Os projetos da Usiminas em Ipatinga (MG) e Cubatão (SP) também não chegam a fazer sombra aos projetos da Vale. “Eles não são voltados para ampliação de capacidade de produção de aço, mas para melhorias na qualidade do processo”, afirma o consultor e professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Germano Mendes de Paula. Os projetos de expansão da CSN, por sua vez, estão emperrados há anos. Uma das alternativas da empresa seria vender parte de seu negócio de mineração – que inclui a Casa de Pedra – para deslanchar os investimentos em siderurgia. Nesta semana, no entanto, o controlador da CSN, Benjamin Steinbruch, disse que nenhum outro projeto da empresa poderia lhe dar rentabilidade semelhante à da Casa de Pedra, colocando dúvidas sobre o negócio.

Em geral, investir em mineração é mais rentável do que em siderurgia devido às características de cada mercado. Cerca de 70% do minério de ferro produzido no mundo está concentrado nas mãos de três empresas: Vale, BHP e Rio Tinto. Já a indústria siderúrgica é bastante fragmentada e, por esse motivo, dificilmente consegue margens de lucro próximas às da mineração.

O governo pressiona a Vale a investir em siderurgia porque, ao agregar valor ao minério, a empresa ajudaria o país a gerar mais riqueza e empregos. A construção de um polo siderúrgico costuma incentivar a implantação de toda uma cadeia de empresas que consomem o aço, como metalúrgicas ou montadoras. “É muito mais fácil consolidar a vocação econômica de um polo do que criar algo novo do nada. E as siderúrgicas promovem um encadeamento muito maior do que as mineradoras, uma vez que a gama de clientes é muito maior”, diz uma fonte.

A própria Vale obtém algumas vantagens ao investir em siderurgia. "Esse tipo de operação permite às mineradoras agregar valor. Hoje a cotação de uma placa de aço é de 380 dólares por tonelada, contra 60 dólares a tonelada de minério de ferro”, afirma o analista do Banco Banif, Gilberto Cardoso. Segundo a Fator Corretora, os novos investimentos da Vale, também a ajudariam a diminuir sua dependência da China. O país asiático é o mais importante cliente da Vale, mas, devido à distância do Brasil, os custos de frete para o transporte do minério acabam sendo pesados. Ao trazer grandes clientes para o Brasil, a mineradora reduz as vantagens competitivas das mineradoras australianas, que têm despesas com frete bem menores para entregas na China.

A situação também é vantajosa para os parceiros. Os sócios estrangeiros da Vale. nos projetos brasileiros – a ThyssenKrupp e a sul-coreana Dongkuk – têm garantido um suprimento de minério e podem se instalar em um país com baixos custos de produção. Os gigantes da siderurgia mundial também estão de olho no potencial de crescimento do mercado interno brasileiro, no qual os preços praticados são tradicionalmente superiores aos de exportação. Se o Brasil crescer como se espera nos próximos anos, a demanda por aço deve aumentar exponencialmente.

Isso mostra que os investimentos da Vale em siderurgia estão longe de ter um viés meramente político. Segundo fontes ouvidas pelo Portal EXAME, o único projeto que sofreu interferência é o do Pará. Entre os motivos estão a menor competitividade quando comparado aos outros três projetos (CSA, CSP e CSU) e a contradição com a filosofia logística da empresa. Ao invés de ser construída no litoral, como os demais projetos da Vale, essa usina estará localizada no interior do estado. "Lá, outros fatores pesaram. Ainda hoje Carajás [no Pará] é a maior mina da Vale. Dessa forma, o governo do Pará tem muito interesse em sediar mais um projeto da mineradora que, certamente, irá recolher impostos e gerar empregos", afirma uma das fontes.

Embora oficialmente a Vale descarte que os projetos siderúrgicos sejam uma forma de diluir as pressões do governo, a empresa lançou na semana passada uma grande campanha de mídia para divulgar seus investimentos no Brasil. A mineradora tenta, com isso, fazer Lula e setores do PT desistirem de ampliar a participação estatal na companhia.

Mesmo com a privatização, a presença estatal já é forte na Vale hoje. A Valepar (holding que controla a Vale) detém 52,7% do capital votante da mineradora e o BNDESpar, 6,7%. A Valepar, por sua vez, é composta pela Litel (que inclui fundos de pensão estatais como Previ, Funcef, Petros e Fundação Cesp, com 49% de participação), Elétron (grupo Opportunity com 0,03%), Bradespar (controlada pelo Bradesco, com 21,21%), Mitsui (18,24%) e BNDESPar (11,51%).

Na avaliação de Gilberto Cardoso, da Banif, um eventual aumento de participação do governo seria negativo para a Vale. "O mercado não veria isso com bons olhos pela diminuição na agressividade no desenvolvimento de novos mercados e pelos riscos de erosão na geração de valor e de perda de produtividade", afirma Cardoso. Ainda segundo ele, a ressalva do mercado quanto à participação estatal em grandes empresas está relacionada a eventuais usos políticos e loteamento de cargos. "A Petrobras, por exemplo, ainda tem alguns descontos em relação a seus pares em virtude da ingerência estatal, que amplia esse tipo de risco." Equilibrar os interesses do governo e dos acionistas parece ser o grande desafio para a Vale, ao menos até o final de 2010.

Exame

Link: Quem mais investe em siderurgia no Brasil é a Vale

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24 de setembro de 2009 at 18:32

Publicado em Aço, Siderúrgicas, Vale

Reserva de 12 bilhões de toneladas de ferro anunciada em Minas Gerais

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No segundo dia da Exposibram, em Belo Horizonte, um executivo do governo do estado de Minas Gerais informou que o estado identificou um depósito de ferro que pode abrigar mais de 12 bilhões de toneladas de minério ou mais. Segundo o Secretário de Desenvolvimento Econômico mineiro, Sérgio Barroso, um grupo de companhias, cujos nomes não puderam ser declinados, está medindo as reservas, encontradas na região norte do estado.

Barroso ainda declarou que a área pode ser colocada à venda para grandes mineradoras, posteriormente, e que quem explorar o depósito contará com incentivos fiscais e apoio logístico do estado. Para que se tenha uma ideia das dimensões da jazida, a Vale encerrou 2008 com reservas provadas de 9 bilhões de toneladas, de acordo com sua página na internet, e o maior depósito da Ásia, no norte da China, tem cerca de 3 bilhões de toneladas. Finalmente, Barroso informou que um estudo inicial sobre a quantidade das reservas deve ficar pronto em dois meses.

Geólogo

Link: Depósito de 12 bi de toneladas de ferro encontrado em Minas Gerais

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23 de setembro de 2009 at 08:57

Publicado em Ferro, Minas Gerais, Vale

Vale inaugura pelotizadora de R$ 2,3 bilhões em MG

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A Vale inaugurou o Projeto Itabiritos, que recebeu R$ 2,3 bilhões em investimentos, tornando-se assim o segundo maior da companhia em Minas Gerais (atrás apenas da Mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo). A inauguração nesta terça-feira ocorreu somente com a presença dos funcionários da Vale, que quase cancelou a abertura do projeto devido as fortes chuvas que atingiram a região nas últimas 24 horas.

O projeto, localizado em dois complexos mineradores da Vale (Vargem Grande, em Nova Lima, e Pico, no município de Itabirito), integra pelotização e usina de concentração de minério de ferro. Trata-se de uma das maiores pelotizadoras do mundo: capacidade nominal para 10 milhões de toneladas de minério de ferro e 7 milhões de toneladas de pelotas por ano.

Estudos para a implantação identificaram reservas de mais de 600 milhões de toneladas de minério de ferro, predominantemente itabiritos, suficientes para manter as operações locais por, pelo menos, mais 25 anos. A usina de pelotização será também alimentada, em parte, pela produção das minas de Tamanduá e Capitão do Mato, ambas em Nova Lima.

Com a pelotizadora de Vargem Grande, a Vale atinge a capacidade nominal de produção de pelotas de 48 milhões de toneladas por ano. A companhia ainda possui participação na Samarco, que opera três plantas de pelotização com capacidade de produção de 22 milhões de toneladas/ano. Somente em Minas Gerais, a capacidade de produção da Vale passará de 4,5 milhões para 11,5 milhões de toneladas/ano. Durante as obras, foram gerados 20 mil empregos diretos e indiretos.

Monitor Mercantil

Link: Vale investe R$ 2,3 bilhões em pelotizadora em MG

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23 de setembro de 2009 at 07:34

Publicado em Ferro, Minas Gerais, Vale

Vale fecha contrato de transporte por US$ 5,84 bilhões, em 25 anos

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A STX Pan Ocean, transportadora sul-coreana de granéis sólidos, anunciou ter fechado com a Vale um contrato de longo prazo para o transporte de minério de ferro. O contrato é estimado em cerca de US$ 5,84 bilhões, ou 7,06 trilhões de wons, segundo o comunicado da STX às bolsas de Cingapura e de Seul, na Coreia do Sul, as duas bolsas onde são negociadas as ações da empresa.

A companhia informou que este é o maior contrato fechado em sua história. Num comunicado, o presidente da STX, Kim Dae-yoo, declarou que o acordo com a Vale, pavimenta o caminho para contratos com outras grandes companhias. "O embarque do minério será no Brasil e o despacho, na China", diz o comunicado. "A duração do contrato é de 25 anos, a contar do quarto trimestre de 2011, até o quarto trimestre de 2037", acrescenta o documento.

As ações da STX fecharam em queda de 3,6% na Bolsa de Seul, seguindo-se à disparada de 8,2% no pregão de ontem. Em Cingapura, onde a bolsa ficou fechada na segunda-feira em razão de um feriado, as ações saltavam 7,8% às 4h52 (de Brasília). Segundo os analistas, o contrato ajudará a impulsionar os resultados da companhia, que entrou no vermelho nos primeiros dois trimestres deste ano – seus primeiros resultados negativos desde o final de 2004. Pelo contrato, a STX pode transportar cerca de 5% da produção anual de minério da Vale, de 300 milhões de toneladas, segundo a corretora Mirae Asset Securities.

Estado

Link: Vale e STX fecham contrato de 25 anos, por US$ 5,84 bi

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22 de setembro de 2009 at 08:18

Publicado em Mineração, Transporte, Vale

Vale eleva para 26,87% participação na CSA

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A Vale informou que concluiu hoje o acordo com a alemã ThyssenKrupp Steel AG para aumentar sua participação na ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico Ltda. (CSA) dos atuais 10% para 26,87% através de aporte de capital de 965 milhões de euros. A CSA está construindo uma usina integrada de placas de aço, com capacidade nominal de cinco milhões de toneladas métricas de placas por ano, no Rio de Janeiro. O início da produção é previsto para a primeira metade de 2010.

Como parceira estratégica da ThyssenKrupp, a Vale, é fornecedora única e exclusiva de minério de ferro para a CSA. Em comunicado, a mineradora diz que através desta contribuição adicional de capital, a empresa reafirma seu compromisso no maior investimento industrial em construção no Brasil nos últimos dez anos, e na primeira usina siderúrgica de grande porte a ser construída no País desde meados da década de 80, proporcionando forte apoio à conclusão do projeto.

Estado

Link: Vale conclui acordo com alemã para elevar fatia na CSA

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22 de setembro de 2009 at 07:54

Publicado em CSA, Siderúrgicas, Vale

Eike Batista negocia com Previ fatia na Vale

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O plano de expandir o grupo EBX nos próximos quatro anos não é suficiente para satisfazer a ambição de Eike Batista. O bilionário está disposto a lutar para ser sócio no bloco de controle da Vale, a segunda maior mineradora do mundo. Nos anos 60 e 70, estatal, a Vale foi comandada por Eliezer Batista, pai de Eike. Três décadas depois, o filho sonha assumir a direção da gigante da mineração, com valor de mercado perto de R$ 200 bilhões.

Homem de mercado, investidor agressivo, Batista antevê potencial na companhia para dobrar seu valor de mercado em cinco anos, como confidenciou a amigos próximos. Ele tem muitas ideias para a Vale. Uma delas é uma oferta de compra pela ferrovia ALL. A aquisição dotaria a empresa de rede ferroviária nacional integrada no país. Outro sonho é de fortalecer o braço de petróleo da Vale com a OGX, empresa de petróleo e gás da EBX. Nesse clima de empolgação Eike Batista parte para segunda investida para chegar ao topo da empresa.

Depois de ter levado uma recusa do Bradesco à sua proposta de compra da Bradespar, o empresário iniciou conversas com a Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil e maior acionista da holding Valepar, que controla a mineradora. Ele está disposto a adquirir 25% da fatia do fundo de pensão, apurou o Valor. Esse percentual dá direito de veto ao sócio no bloco de controle. Apenas a Previ tem direito de veto na Valepar porque os demais têm fatia inferior a 25% (a Bradespar com 21,1% do capital votante, a trading japonesa Mitsui, 18,5%, a BNDESPar com 12,5% e o Eletron – Opportunity -, com 0,029%).

Nesse clube fechado, a Previ participa por meio do veículo Litel com mais três fundos: Funcef, Petros e Funcesp. A Litel é controlada pela Previ com 81,15%, enquanto os outros três fundos detém juntos 18,85%. A Litel tem 48,79% no capital votante da Valepar e mais 4,68% num outro pequeno veículo Litel A, o que soma uma fatia de 53,47% da Litel na Valepar. Mas a Litel só pode votar na Valepar com 48,79%. O acordo diz que os acionistas não podem deter mais de 49% da Valepar.

Por isso, as ações que excedem esse percentual em poder da Previ se encontram na Litel A, um veículo criado para abrigá-las como preferenciais. Mas se elas forem vendidas, voltam a ser ordinárias, conforme reza acordo feito com a Previ.

Os três fundos de pensão que detêm participações na Litel (a maior participação é da Funcef, com 11,65%) não têm autonomia para vender sua fatia na Valepar sem o "sinal verde" da Previ. Mesmo que eles estejam dispostos a fazê-lo, informaram interlocutores ligados aos controladores da Vale, qualquer mudança nessa regra só com um novo acordo de acionista da Valepar, o que poderá ocorrer em 2017.

Isoladamente, a Previ participa indiretamente com 23,51% do capital votante e 14,71% do capital total da Vale.

É nesse emaranhado acionário que Batista pretende garimpar sua participação no controle da Vale. Ele já esteve na sede da fundação, numa primeira rodada de entendimentos. Depois de oferecer R$ 9 bilhões ao Bradesco pelas ações da Bradespar e ter sua proposta recusada, Batista pretende oferecer à Previ um prêmio de controle de 15% para fechar o negócio. A Previ é uma fundação "desenquadrada" nos seus investimentos em renda variável. Segundo as regras da Secretaria de Previdência Complementar (SPC) todo fundo de pensão deve investir até um limite máximo de 50% de seus negócios em renda variável e a Previ tem 60%. Mas a SPC deu um prazo até 2014. A questão do desenquadramento da Previ é chave nas conversas com a equipe de Batista.

Para entrar na Vale, Eike Batista, mesmo contando com apoios dentro do governo, que os interlocutores preferem não nomear, vai ter que enfrentar desafios, como a alergia do governo aos estrangeiros. Ele está vendendo parte da MMX, sua mineradora, para os chineses. É preciso saber se esse tipo de parceria seria bem vinda na Vale. Ciente dos obstáculos, Eike Batista contratou quatro bancos para assessorá-lo na negociação com a Previ: Santander, Itaú, Credit Suisse e o BTG , de André Esteves.

Hoje, em Nova York, Batista será anfitrião de um jantar em homenagem ao presidente Luiz Inácio da Silva, juntamente com o presidente mundial da ExxonMobil. Certamente, nesse encontro, terá um tempo para falar à Lula de suas pretensões na Vale.

Valor

Link: Eike Batista faz planos de dobrar valor da Vale

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21 de setembro de 2009 at 09:51

Publicado em Mineração, Previ, Vale

Vale obtém aprovação para compra de ativos da Rio Tinto

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A Vale informou hoje que obteve aprovação do Conselho de Defesa Nacional (CDN) para a compra das operações de minério de ferro da Rio Tinto em Corumbá, em Mato Grosso do Sul. "A conclusão da aquisição ainda depende de certas condições, que deverão ser cumpridas pelo comprador, Vale, e vendedores, Rio Tinto Plc. e outras entidades controladas por esta (Rio Tinto)", informou a mineradora em comunicado divulgado no início da noite. Os ativos compreendem a operação de minério de ferro e ativos logísticos associados, incluindo porto fluvial e barcaças, que foram avaliados em US$ 750 milhões.

O acordo de compra foi celebrado em janeiro deste ano e previa pagamento à vista. A operação também incluía ativos de potássio, cuja compra já foi concluída. Segundo a Vale, a produção de Corumbá em 2008 foi de 2 milhões de toneladas de minério de ferro de alto valor, com alto teor de ferro e rico em granulados de redução direta. Os ativos de logística permitirão à companhia ter 70% de autossuficiência no transporte de minério de ferro através do Rio Paraguai. A Vale. destacou, ainda, que deverá obter sinergias com a operação, localizada próxima às unidades de minério de ferro e manganês em Urucum.

Estado

Link: Vale obtém aprovação para compra de ativos da Rio Tinto

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13 de setembro de 2009 at 19:38

Publicado em Ferro, Rio Tinto, Vale

Bradesco rejeita oferta de Eike por fatia da Bradespar na Vale

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Após especulações em torno de uma possível compra da Bradespar – holding do Bradesco – por Eike Batista, o banco rejeitou a oferta do empresário e decidiu não se desfazer da parte detida no controle da mineradora Vale, conforme noticiado no periódico O Estado de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a proposta foi recusada na última sexta-feira (4) e tinha valores próximos a R$ 9 bilhões, já acrescidos da oferta que Eike seria obrigado a fazer para os acionistas minoritários. A direção do Bradesco disse estar satisfeita com a rentabilidade da Vale e que não tem interesse em se desfazer da posição.

Segundo executivo consultado pelo periódico e com acesso a todos os envolvidos nas negociações, "o banco vai estudar todas as propostas que aparecerem, mas não tem interesse em vender a Vale. Esse é um de seus melhores investimentos".

Por fim, cabe ressaltar que o empresário consultou oficiais ligados ao governo antes da fazer a proposta, tais como o presidente Lula, o governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral e os presidentes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e da Previ, Luciano Coutinho e Sérgio Rosa, respectivamente, para avaliar o negócio. Todos foram favoráveis ao aporte de Eike.

Infomoney

Link: Bradesco diz não a oferta de Eike por fatia da Bradespar na Vale, afirma Estado

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10 de setembro de 2009 at 10:35

Publicado em Bradesco, Mineração, Vale

Compra da Bradespar por Eike é improvável, diz corretora

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A aproximação entre o empresário Eike Batista e a Bradespar, braço de participações do Bradesco em empresas não-financeiras, é considerada pouco provável, segundo os analistas da corretora Link Investimentos, embora tais rumores não sejam novidade no mercado. A possível intenção de Eike na compra da Bradespar, que daria ao empresário acesso ao grupo que controla a Vale, foi noticiada pelo jornal Folha de S. Paulo no último sábado.

De acordo com a Link, a Bradespar vem administrando bem a mineradora, trazendo bons frutos ao Bradesco, tornando sua venda pouco vantajosa para o banco. Os analistas explicam também que Eike teria de desembolsar uma quantia superior a 10 bilhões de dólares para assumir o controle da Vale, que também entre seus controladores o BNDES, fundos de pensão e a japonesa Mitsui.

Eike recebeu 3,5 bilhões de dólares com a venda de parte de uma de suas empresas, a MMX, mas, até o momento, não vendeu participação em nenhuma de suas outras empresas, o que poderia ser necessário para a compra da Bradespar.

Entretanto, sem haver ainda definição sobre a possível operação de compra da Bradespar por Eike, a Link mantém sua recomendação de compra para as ações da Vale (VALE5) e da Bradespar (BRAP4).

O anúncio do interesse do empresário fez os papéis da Bradespar dispararem no pregão desta terça-feira (8). As ações da companhia fecharam o pregão em alta de 5,53%, a 30,75 reais, e os papéis da Vale. encerraram em alta de 2,15%, negociados a 33,75 reais. O Ibovespa fechou o dia em alta de 2,12%, aos 57.854 pontos.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Eike Batista visitou a sede do Bradesco, em Osasco (SP), em agosto, para entregar a Lázaro Brandão, presidente do conselho de administração do banco, uma proposta de compra da Bradespar.

Antes da oferta, Eike quis saber a opinião do presidente Lula e, segundo o jornal, teria recebido seu aval. O mesmo aconteceu com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e da Previ, Sérgio Rosa.

O controle da Vale é dividido entre a Bradespar (com 17,5% da Valepar, controladora da Vale. com 53% de seu capital votante), Litel (de fundos de pensão, liderados por Previ com 58%), BNDESPar (com 9,5%) e o grupo japonês Mitsui, com 15%.

O grupo Bradesco tem pouco mais de 25% do capital da Bradespar. Outros sócios são os bancos Espírito Santo, Geração Futuro e Credit Suisse Hedging Griffo (por meio de fundos de investimento) e a gestora americana BlackRock. Investidores menores têm 58%.

Exame

Link: Compra da Bradespar por Eike é improvável, diz corretora

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9 de setembro de 2009 at 07:55

Publicado em Aquisição, Bradespar, Vale

Vale quer fazer oferta de bônus de dez anos

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Em breve comunicado ao mercado, a mineradora Vale informou hoje que deverá realizar uma oferta de bônus de dez anos no mercado. De acordo com a empresa, que não revelou o tamanho da operação, os recursos oriundos da oferta serão utilizados em "propósitos corporativos em geral".

Os papéis serão obrigações não garantidas da subsidiária Vale Overseas Limited com garantia integral da Vale. "A garantia será pari passu a todas as obrigações da Vale de natureza semelhante", informou a mineradora.

Os coordenadores da oferta, que está registrada na Securities Exchange Commission (SEC), serão Goldman, Sachs & Co., HSBC Securities e Santander Investment Securities.

Valor

Link: Vale quer fazer oferta de bônus de dez anos

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8 de setembro de 2009 at 11:39

Publicado em Bônus, Emissão, Vale