Investidor Informado

Just another WordPress.com weblog

Archive for the ‘Vivendi’ Category

Venda da GVT à Vivendi depende de minoritários

leave a comment »

A possível oferta do conglomerado de mídia francês Vivendi por 100% do capital da companhia brasileira Global Village Telecom (GVT), controlada pela GVT Holand BV, de origem holandesa, e pelo fundo de investimento norte-americano Swarth, promete movimentar o setor de telecomunicações do País com um grande impasse entre os interesses dos acionistas majoritários da brasileira (GVT e Swarth) e os dos minoritários, que detêm 70% das ações do grupo.

A francesa se prepara para expandir sua atuação global por meio de uma oferta pública de ações (OPA) que deve realizar à operadora GVT, por um montante de R$ 5,4 bilhões ou 2 bilhões de euros, o que significa um valor de R$ 42 por ação da GVT.

A oferta do conglomerado de mídia francês e a conclusão do negócio dependem, entretanto, da queda de algumas barreiras incluídas no estatuto da GVT. Uma delas, por exemplo, protege a empresa de dispersão da base acionária, que significa que, em caso de uma oferta pública, o preço de compra de cada ação da GVT não pode ser inferior a 125% da cotação mais alta dos papéis da empresa nos últimos 12 meses.

Segundo José Góes, analista da WinTrade Corretora, a cotação mais alta dos últimos 12 meses foi registrada nos dias 3 e 14 de agosto deste ano, quando as ações foram negociadas a R$ 37,99. "Isso daria, hoje, um preço de negociação de mais de R$ 80, sendo que a Vivendi está propondo R$ 42", explicou o analista. "Dessa forma, os minoritários ganham um grande poder de barganha para discordar da exclusão do termo do estatuto, ou para negociarem um valor que seja meio termo", explicou o analista.

O bloco controlador da empresa, que responde por 30% dos papéis, já informou que está disposto a votar a favor da queda desta cláusula do estatuto, para dar sinal verde ao processo de aquisição da companhia pela Vivendi. A votação, que deve acontecer em uma assembléia geral organizada pela GVT, pode ser concluída pela maioria de um total de 30% de acionistas presentes, de acordo com o próprio estatuto.

Resta saber se a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não vai intervir no processo, já que o bloco controlador da empresa, que já demonstrou total interesse na operação, por si só já representa os 30% de quórum necessários à mudança do estatuto.

Procurada pela reportagem, a CVM informou, por meio de comunicado, que "acompanha e analisa as informações e as notícias relativas às companhias abertas e adota as medidas devidas quando necessário".

Marco Aurélio Barboza, da corretora Coinvalores, afirma que o grande interesse de diversos conglomerados pela GVT se explica principalmente pela infraestrutura nova e extensa que a companhia oferece. "A GVT tem uma infraestrutura de qualidade, nova, e isso é um investimento muito pesado para as empresas de telecomunicações", disse.

Apesar dos possíveis percalços a serem percorridos, o CEO da Vivendi, Jean-Bernard Lévy, parece satisfeito com o andar das negociações. "Este acordo com a GVT atende o objetivo estratégico da Vivendi de expansão entre as economias que apresentam rápido crescimento. A Vivendi dará suporte à GVT no seu contínuo crescimento rentável", afirmou o executivo, por meio de comunicado.

Amos Genish, presidente da GVT, também está confiante no sucesso da transação. "A administração da companhia está entusiasmada em poder ter a Vivendi como acionista da GVT. A Vivendi trará conhecimento e sinergias para as nossas atividades atuais e futuras, consolidando nossa posição no mercado como a operadora de telecomunicações de maior crescimento no mercado brasileiro, e abrindo novas oportunidades de negócios para nós", revelou. A negociação entre as duas companhias já impactou o desempenho das ações ON da GVT, que ontem saltaram cerca de 18,58%, para R$ 43,00.

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse ontem, em Brasília, que deseja uma análise detalhada da eventual compra da GVT pelo grupo francês Vivendi antes de fazer uma avaliação do impacto da operação no Brasil.
"Nós temos de fazer uma boa análise para saber o que significa isso, que impacto isso traz para a continuidade dos serviços da empresa no Brasil e de que maneira isso interfere no mercado de trabalho", afirmou.
Para Costa, o expressivo crescimento da GVT nos últimos anos vem despertando o interesse de investidores estrangeiros.

DCI

Link: Venda da GVT à Vivendi está sob ameaça dos minoritários

Written by gandalfwizard

10 de setembro de 2009 at 10:04

Publicado em GVT, Minoritários, Vivendi

Vivendi oferece R$ 5,4 bilhões pela GVT

leave a comment »

A Vivendi, grupo francês de comunicações e entretenimento, anunciou ontem uma proposta amigável de compra por 100% da GVT, operadora brasileira de telecomunicações. A empresa ofereceu R$ 42 por ação da companhia, o que avalia a empresa em R$ 5,4 bilhões. Ontem, os papéis da companhia fecharam cotados a R$ 36,26, com alta de 4,79%. Segundo comunicado, a Vivendi assinou ontem um acordo com o Grupo Swarth e a Global Village Telecom Holland BV, maiores acionistas da operadora brasileira. A aquisição depende de algumas condições, como a aquisição de pelo menos 51% do capital da companhia. Swarth e Global Village Telecom Holland concordaram em vender pelo menos 20% dos 30% que eles possuem na empresa.

Eles também concordaram em votar a favor da dispensa do mecanismo de proteção contra dispersão da base acionária (também conhecido por “poison pill”), presente no estatuto social da empresa. “É uma oferta justa”, afirmou Luciana Leocádio, chefe de análise da Ativa Corretora. Segundo ela, se fosse respeitado o estatuto da empresa, a oferta mínima seria de R$ 47,50 por ação, o que equivale a 25% da maior cotação do papel nos últimos 12 meses. A meta de preço da corretora para a GVT era de R$ 38, e estava em revisão para cerca de R$ 40. Luciana considerou “surpreendente” a proposta apresentada pela Vivendi.

Segundo a analista, a surpresa não vem do fato de a GVT ser alvo de aquisição, mas de a oferta vir de uma companhia que ainda não opera telecomunicações no País, e logo depois de os controladores da GVT terem anunciado uma oferta secundária de ações. Por causa da acordo, os controladores decidiram cancelar a oferta secundária, anunciada em 19 de agosto. “A experiência da Vivendi em conteúdo irá apoiar a GVT nos seus planos de entrar em novos segmentos de mercado, como IPTV”, informou a Vivendi, em comunicado. Shaul Shani continuará como presidente do conselho da companhia e Amos Genish como diretor-presidente.

Estado

Link: Vivendi faz oferta de R$ 5,4 bilhões pela GVT

Written by gandalfwizard

9 de setembro de 2009 at 10:16

Publicado em GVT, Telecomunicações, Vivendi